Depois de fracasso, Brasil se consagra: 59 anos do título de 1958 - Gazeta Esportiva
Depois de fracasso, Brasil se consagra: 59 anos do título de 1958

Depois de fracasso, Brasil se consagra: 59 anos do título de 1958

Gazeta Esportiva

Por Redação

29/06/2017 às 09:00

São Paulo, SP

No dia 16 de julho de 1950 a Seleção Brasileira conhecia uma das principais derrotas de sua história. Em pleno Rio de Janeiro, o Uruguai venceu o Brasil, em final que ficou conhecido como Maracanazo. Oito anos depois, no entanto, a Seleção deu a volta por cima e venceu seu primeiro título mundial.

Nesta quinta-feira, o Brasil comemora 59 anos de seu primeiro título da Copa do Mundo, conquistado em 1958, na Suécia. O esquadrão que ficou eternizado na história do futebol contava com um jovem Pelé, o craque Garrincha e tantos outros destaques.

A primeira partida da seleção Canarinho em solo sueco aconteceu no dia 08 de junho, contra a Áustria. Com tranquilidade, o Brasil aplicou 3 a 0 no adversário, com dois gols do atacante Mazzola e um de Nilton Santos - que dá nome ao estádio Nilton Santos, também conhecido como Engenhão.

A Inglaterra foi a adversária do segundo jogo dos brasileiros. Na primeira partida de Pelé como titular, então com 17 anos, a Amarelinha teve diversas chances de abrir o placar, mas acabou parando na forte defesa inglesa: 0 a 0.




Um dos principais mitos em relação ao torneio de 1958 foi a história de que Pelé era reserva da Seleção e só tornou-se titular por conta da pressão do grupo sobre o técnico Vicente Feola. Na verdade, o jovem atacante brasileiro era titular absoluto do time do experiente treinador, mas se machucou às vésperas do torneio e só reuniu condições de atuar os 90 minutos na terceira partida da Copa.

Com a classificação em jogo, o Brasil enfrentou a União Soviética no último jogo da fase de grupos da competição. O atacante Vavá foi responsável por marcar os dois gols brasileiros na vitória por 2 a 0. Com cinco pontos, a Seleção avançou às oitavas.

Como apenas 16 seleções disputaram a primeira fase da competição, não houve oitavas de final no torneio. No primeiro jogo mata-mata, o Brasil enfrentou a seleção do País de Gales e aí brilhou a estrela de Pelé. Já no segundo tempo das quartas de final, o atacante dominou no peito e, sem deixar a bola cair, deu um leve toque por cima da perna do zagueiro, emendando para o fundo das redes. Primeiro gol de Pelé em uma Copa do Mundo e vitória por 1 a 0.

Foi na semifinal do torneio que Pelé começou a encantar o mundo. O jovem franzino assumiu a responsabilidade no jogo contra a França e marcou três gols. A Seleção bateu os franceses por 5 a 2. Também balançaram as redes Vavá e Didi.

Foto do elenco campeão mundial depois da final contra a Suécia. Em pé (da esquerda para a direita): o técnico Vicente Feola, Djalma Santos, Zito, Bellini (com a taça Jules Rimet), Nilton Santos, Orlando e o goleiro Gilmar - Agachados: Garrincha, Didi, Pelé, Vavá e Zagallo. (Foto: Acervo/Gazeta Press)


Com o fantasma do Maracanazo assombrando os jogadores, o Brasil avançou à grande final da Copa e enfrentou a anfitriã Suécia. Mais de 49 mil torcedores lotaram o estádio Rasunda e acompanharam de perto o nascimento do primeiro título mundial do Brasil.

Pela primeira vez na Copa, a Seleção saiu atrás no placar. O meio-campista Liedholm fez grande jogada individual e chutou, sem chances para o goleiro Gilmar dos Santos Neves. Quando era pressionado no campo de defesa, o Brasil saiu para o ataque e foi coroado com gol do atacante Vavá, que aproveitou cruzamento da direita. O jogador também foi o responsável pelo segundo gol brasileiro.

Aos 10 minutos do segundo tempo, foi a vez do mundo aplaudir a genialidade de Pelé. O atacante recebeu lançamento, deu um lindo chapéu no defensor e, com a bola ainda no alto, chutou de peito de pé para anotar o terceiro gol do Brasil e eternizar o lance.

Zagallo, que conquistaria mais uma Copa como jogador (1962) e outra como treinador (1970), marcou o quarto, e Pelé fechou o placar: 5 a 2. Muita festa dos brasileiros, que aplaudiram o zagueiro e capitão Bellini ao levantar a taça da Copa do Mundo de 1958.

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