Responsável por morte de garoto na Bolívia esteve em briga, diz jornal
Por Redação
06/04/2016 às 09:00 • Atualizado: 06/04/2016 às 09:02
São Paulo, SP
Uma reportagem veiculada pela Folha de S.Paulo nesta quarta-feira destaca o nome de Helder Alves Martins, de 20 anos, como um dos envolvidos em uma das brigas que opôs torcedores de Corinthians e Palmeiras no último domingo, dia em que aconteceu o primeiro Derby do estadual, no Pacaembu.
Participante de uma briga que aconteceu na Avenida Dr. Arnaldo, próxima ao estádio, e que prendeu 25 corintianos após ação do Batalhão de Choque ainda nas redondezas, Helder Alves foi quem assumiu a culpa pela morte de Kevin Beltrán Espada, de 14 anos, em jogo disputado em 2013 entre San José e Corinthians.
Ainda menor de idade na época do acontecido, Helder, então com 17 anos, assumiu ter disparado o morteiro que atingiu Kevin e o matou ainda na arquibancada do estádio Jesús Bermúdez. Na volta do Brasil, o jovem depôs na Vara da Infância e Juventude de Guarulhos (SP).
Além do jovem, outros dois envolvidos na briga de domingo e que ficaram presos em Oruro, na Bolívia, são Tadeu Macedo Andrade e Leandro Silva de Oliveira.
Diferentemente destes, no entanto, Helder não permaneceu tanto tempo preso em território boliviano. O garoto voltou ao Brasil de ônibus e acompanhou pelo noticiário os retornos de Tadeu, Leandro, entre outros, 156 dias depois do assassinato de Kevin.
No último domingo, após o apito final, um contingente maior de torcedores da Gaviões tentou armar uma emboscada contra um pequeno grupo de palmeirenses. Os alvinegros causaram as agressões a céu aberto e depois fugiram no ônibus da torcida, que transportava instrumentos e bandeiras para a sede.
Conduzido ao Distrito Policial da região junto com outros 25 corintianos, Helder Alves Martins foi liberado após a assinatura de um termo circunstanciado. Ao todo, mais de 60 torcedores foram presos em decorrência das brigas na região metropolitana. No entanto, a PM não manteve ninguém recluso.