Nem a quebra de sigilo deflagrada nesta quarta, segundo informações da ESPN Brasil, entre o presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, e o procurador do STJD, Paulo Schmitt, mudaram em algo a posição do Atlético-MG sobre um processo no qual o clube é réu desde 2013 e teria sido prejudicado por interesses até então escusos.
Após um blog do site da ESPN vazar, nesta quarta-feira, uma troca de e-mails que gera alguns questionamentos sobre a legitimidade da punição imposta ao Galo, o clube reiterou que já fez, na Justiça, o possível para se defender por meios legais. A questão toda envolve um mosaico feito pelo Atlético-MG em provocação ao Fluminense e à CBF.
As mensagens que tiveram a quebra autorizada pela CPI do Futebol, e foram interceptadas com a ajuda da Polícia Federal, apresentam um conflito de interesses entre a versão que foi sustentada por CBF e STJD, quanto a punição do clube, e o resultado do julgamento, que absolveu o Galo em primeira instância e, ao final, aplicou multa de RS 10 mil.
Em um dos e-mails, Paulo Schmitt alerta à CBF sobre uma possível falta de representatividade no que diz respeito aos interesses nos bastidores. “O relator, apesar de alertado sobre a repudia da CBF, entendeu que não foi ‘nada demais’, uma vergonha a meu ver. Estamos recorrendo ao pleno, mas confesso que cansa, desmoraliza”, reclamou.
Em nota oficial divulgada nesta quarta diante do material exposto pela imprensa, a diretoria do Galo admite que já fez o possível para se defender nos autos. “[...]lembra o clube que já atuou para sua absolvição, o que inexplicavelmente não ocorreu no julgamento final. O clube reafirma que o torcedor apenas exerceu o direito constitucional mais elementar de crítica”, alegou.
Confira a nota oficial divulgada pelo Atlético-MG na integra:
"Em relação à notícia veiculada pela mídia nesta quarta-feira (30/3), referente ao vazamento de e-mails entre a Procuradoria do STJD e órgãos da CBF, envolvendo o julgamento do Atlético no episódio do mosaico de sua torcida, em 2012, lembra o clube que já atuou para sua absolvição, o que inexplicavelmente não ocorreu no julgamento final.
O clube reafirma que a torcida apenas exerceu o direito constitucional mais elementar de crítica, sem violência, o que deveria merecer respaldo por todos, inclusive pelas entidades do futebol"
