Acusado de violar cinco artigos do Código de Ética da Fifa, o trinitino Jeffrey Webb corre o risco de ser suspenso de atividades ligadas ao futebol de forma vitalícia. Nesta quarta-feira, o Comitê de Ética da entidade formalizou um processo contra o ex-presidente da Concacaf, que permanece sob custódia da Justiça norte-americana desde novembro.
Com a chancela de Cornel Borbély, Hans-Joachim Eckert, que preside as reuniões do Comitê de Ética, instaurou o processo contra Webb nesta quarta, pedindo banimento permanente para o ex-membro do Comitê Executivo da Fifa - órgão instinto a partir da aprovação do pacote de reformas da entidade, em fevereiro.
Membro da União Caribenha de Futebol e presidente da Federação de Futebol das Ilhas Cayman, Jeffrey Webb depôs à corte dos Estados Unidos em novembro, acusado, à época, por três crimes: extorsão, fraude eletrônica e lavagem de dinheiro. Entretanto, conforme o desenrolar do processo no Comitê de Ética, a defesa de Webb terá de agir mais uma vez.
Por questões de privacidade, o comunicado da Fifa não concedeu maiores detalhes sobre sessões de depoimento ou prazo para a conclusão do processo. A investigação que resultou na abertura do inquérito contra Jeffrey Webb, por exemplo, é resultado de uma compilação de dados e movimentações bancárias de anos.
Webb foi preso em operação conjunta do FBI com a polícia suíça em maio de 2015, junto com outros seis dirigentes do futebol mundial, entre eles o brasileiro José Maria Marin. Foi um dos primeiros, dentre os acusados, a ter a extradição regulamentada e ser ouvido diante da Corte do Brooklyn, onde são movidos a maior parte dos processos.
