"Estamos falando de Jogos Olímpicos que terão lugar dentro de nove anos. Os membros do COI são experientes e entendem que ninguém sabe como o mundo estará daqui a tanto tempo. Além disso, terrorismo é um problema global, não se limita a apenas um país ou cidade", disse Bach em entrevista ao jornal L'Equipe.
Há três dias, ataques coordenados do Estado Islâmico deixaram 129 mortos na capital francesa. Um dos atentados ocorreu nos arredores do Stade de France, palco do amistoso entre França e Alemanha. Durante o jogo, vencido pelos donos da casa por 2 a 0, foi possível ouvir o estouro de bombas do lado de fora.
O presidente François Hollande estava na arena e precisou ser retirado às pressas do local. Os torcedores, assustados, desceram das arquibancadas e se abrigaram no gramado Já a delegação alemã recusou-se a voltar para o hotel e passou a noite dentro do estádio. Bares, restaurantes e uma casa de shows também foram atacados por bombas e tiroteios.
O ataque deixou as autoridades preocupadas para os próximos eventos a serem sediados pelo país, como a COP21 (cúpula internacional sobre o clima a ser realizada no dia 30 de novembro), a Eurocopa 2016 e o tradicional Tour da França. Bach, contudo, reiterou que a tragédia não afetará a votação que decidirá o país-sede dos Jogos de 2024, marcada para setembro de 2017, no Peru.
"Esse tipo de atentado não preocupa apenas a organização de eventos esportivos, mas a todos os grandes eventos e à toda sociedade. Você não pode conceder a vitória aos terroristas. Nós devemos nos manter unidos e firmes, especialmente com os Jogos Olímpicos", concluiu.
As outras cidades que competem para receber as Olimpíadas de 2024 são Budapeste, Hamburgo, Roma e Los Angeles.
