A diretoria tricolor não se manifesta oficialmente, mas ficou muito irritada com a postura de Centurión durante as tratativas nas últimas semanas. O clube do Morumbi tem contrato com o jogador até janeiro de 2019 e estava prestes a recuperar os R$ 13 milhões investidos em 2015. O valor, à época, foi adquirido junto a Vinicius Pinotti, ex-diretor de marketing do e atual diretor executivo de futebol do clube.
Alejandro Mazzoni, representante do atleta, mais até do que o São Paulo, corre para tentar encontrar uma solução. Uma reviravolta nas negociações com Genoa ou Boca parece improvável, mas seria o ideal tanto para Centurión quanto para os paulistas. Encontrar outro clube disposto a pagar 6 milhões de dólares para ficar com o jogador não será uma tarefa fácil. Por ora, Lanús e Racing aparecem como opções, mas ambos os times só tratariam sobre um novo empréstimo. Para piorar, Centurión não tem interesse em atuar em nenhum dos dois clubes.
Se não encontrar a uma solução rapidamente, o São Paulo será obrigado a receber o atacante de volta. Nesse caso, ficará a cargo de Dorival Júnior aproveitar ou não o atleta, que apesar de não ter clima no tricolor, também precisa ser valorizado pelo clube que apostou alto em seu futebol e espera, no mínimo, recuperar o investimento.
Com a camisa do São Paulo, Centurión marcou apenas oito gols em 80 partidas e não deixou saudades. Pelo Boca, seu time de coração, o jogador foi fundamental para o título argentino conquistado pelos xeneizes. O problema Centurión é a interferência de sua vida pessoal em sua carreira. Acidente de trânsito, acusação de agressão, divulgação de fotos íntimas e com armas e bebidas fazem parte do currículo do atacante.