São Paulo amargou derrotas decisivas e teve ano marcado pelo “quase” - Gazeta Esportiva - Muito além dos 90 minutos
São Paulo amargou derrotas decisivas e teve ano marcado pelo “quase”

São Paulo amargou derrotas decisivas e teve ano marcado pelo “quase”

Gazeta Esportiva

Por Redação

31/12/2022 às 07:00

São Paulo, SP

O São Paulo teve uma temporada de 2022 marcada por altos e baixos. O time comandado pelo técnico Rogério Ceni, mesmo não dispondo do mesmo orçamento de outros grandes clubes do Brasil, conseguiu disputar duas finais ao longo do ano e também chegou à semifinal da Copa do Brasil, mas amargou derrotas em momentos decisivos.

É justo dizer que o “quase” fez parte de toda a temporada do São Paulo. Logo nos primeiros meses do ano o Tricolor conseguiu chegar à final do Campeonato Paulista com uma boa campanha, eliminando, inclusive, o Corinthians na semifinal. No primeiro jogo da decisão, contra o Palmeiras, Calleri e companhia tiveram uma atuação de gala, abrindo 3 a 0 e vencendo, no fim, por 3 a 1. Porém, na volta, no Allianz Parque, acabou goleado por 4 a 0, perdendo um título dado por muitos como certo.

Fato é que o São Paulo juntou os cacos e deu sequência à temporada com as disputas do Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil e Copa Sul-Americana. O objetivo do técnico Rogério Ceni era priorizar a competição por pontos corridos, mas foram nos mata-matas que o Tricolor acabou empolgando seus torcedores, avançando fase por fase a ponto de o treinador disputar o Brasileiro com uma equipe alternativa em muitas rodadas.




Na Copa do Brasil, por exemplo, o São Paulo teve a oportunidade de se vingar do Palmeiras logo nas oitavas de final. No primeiro jogo, no Morumbi, o Tricolor venceu por 1 a 0, mas a vantagem construída em casa foi destruída em 13 minutos, tempo suficiente para o Verdão abrir 2 a 0 no Allianz Parque. Mas, Luciano descontou, de pênalti, no segundo tempo, forçando as penalidades, em que os são-paulinos acabaram levando a melhor.

Eliminar o Palmeiras trouxe confiança ao elenco comandado por Rogério Ceni, que ainda passou pelo América-MG nas quartas de final antes de enfrentar o Flamengo na semi. Assim como na final do Paulistão, o “quase” esteve no caminho do São Paulo, que jogou melhor que o rival rubro-negro no Morumbi, mas, ainda assim, perdeu por 3 a 1. No Maracanã, novo triunfo do Mengão, desta vez por 1 a 0. Tricolor eliminado.

Na Copa Sul-Americana o São Paulo foi um pouco mais feliz. O time chegou final do torneio, em Córdoba, na Argentina, depois de eliminar Ceará e Atlético-GO nos pênaltis, pelas quartas e semifinal, respectivamente, mas, na decisão, contra o Independiente Del Valle, do Equador, acabou perdendo por 2 a 0 em partida que o rival foi bem superior.



Sem o título da Sul-Americana, o São Paulo ainda esteve muito perto de garantir a tão sonhada vaga na Libertadores através do Campeonato Brasileiro. O time chegou a depender apenas de si mesmo para assegurar a classificação no torneio continental, mas a oscilação nas rodadas finais o fez terminar a competição fora do G8. Mais uma vez o “quase” prevaleceu.

Confiança no trabalho de Rogério Ceni

O técnico Rogério Ceni foi uma peça-chave para manter o time competitivo, apesar de todas as dificuldades. Atravessando grave crise financeira, o São Paulo apostou em seu ídolo para poder brigar por títulos mesmo com um elenco cheio de limitações e conseguiu alcançar o objetivo, embora não tenha erguido taças em 2022.

Rogério Ceni, inclusive, teve seu contrato renovado dias antes do jogo de volta das oitavas de final da Copa do Brasil, contra o Palmeiras, no Allianz Parque, o que mostrou que a diretoria estava satisfeita com o trabalho do treinador, independentemente do que acontecesse no Choque-Rei, que tinha um caráter ainda mais decisivo depois do que aconteceu na final do Paulistão.

Meses depois, após a derrota na final da Copa Sul-Americana, Rogério Ceni foi bastante questionado por parte da torcida e imprensa, mas a diretoria não mudou de ideia, reafirmando sua convicção no trabalho do técnico e contando com ele para o planejamento de 2023.

Nem mesmo o fato de ter ficado de fora do G8 do Campeonato Brasileiro, grupo que garantiu vaga na Copa Libertadores de 2023, ameaçou Rogério Ceni, que “furou” as férias neste fim de ano para se reunir com a diretoria no Morumbi e discutir possíveis reforços, entre outros assuntos relacionados à próxima temporada.

Falta de peças no elenco

A temporada de 2022 também foi marcada por algumas queixas de Rogério Ceni em relação à montagem do elenco. O treinador não conseguiu fazer com que o São Paulo jogasse à sua maneira pela falta de atletas com algumas características.

A falta de velocidade foi uma das teclas em que Rogério Ceni mais bateu em entrevistas. Sem os chamados “pontas”, atacantes velozes, dribladores, que costumam atuar pelas beiradas, o treinador são-paulino foi obrigado a se adaptar, tendo relativo sucesso, mesmo não estando acostumado a armar equipes sem tais características.

Não à toa, nesta janela de transferências o primeiro reforço anunciado pelo clube foi o atacante Pedrinho, do Lokomotiv, da Rússia, que chamou atenção de Rogério Ceni quando ainda defendia o América-MG, enfrentando o São Paulo nas quartas de final da Copa do Brasil.

A ideia da diretoria é dar a Rogério Ceni o material humano necessário para que ele faça o São Paulo jogar como fez no Fortaleza e, posteriormente, no Flamengo. Resta saber se ele conseguirá conquistar títulos, como fez nos últimos clubes pelos quais passou.

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