Presidente do Conselho nega ser pivô em saída de CEO: "Grande besteira" - Gazeta Esportiva
Presidente do Conselho nega ser pivô em saída de CEO: "Grande besteira"

Presidente do Conselho nega ser pivô em saída de CEO: "Grande besteira"

Gazeta Esportiva

Por Edoardo Ghirotto

15/09/2015 às 21:27 • Atualizado: 15/09/2015 às 21:30

São Paulo, SP

Presidente do Conselho do São Paulo, Leco disse que encontro com ex-CEO "não teve nada de anormal" (Foto: Sergio Barzaghi/Gazeta Press)
Presidente do Conselho do São Paulo, Leco disse que encontro com ex-CEO "não teve nada de anormal" (Foto: Sergio Barzaghi/Gazeta Press)


Demitido pelo São Paulo há cinco dias, o ex-CEO Alexandre Bourgeois teria irritado a diretoria ao se encontrar com o presidente do Conselho Deliberativo do clube, Carlos Augusto Barros e Silva, o Leco. Nesta terça-feira, o presidente Carlos Miguel Aidar emitiu um comunicado apontando, entre outras razões, “a quebra de confiança” como um dos fatores que provocaram a demissão de Bourgeois, uma vez que ele “informava estar visitando instituições financeiras, quando na verdade estava participando de reuniões de caráter político”. Para Leco, a menção indireta da diretoria tricolor à reunião que teve com o ex-CEO é “uma grande besteira”.

Há na cúpula são-paulina a percepção de que Leco faz oposição à administração de Aidar. O presidente do Conselho Deliberativo, no entanto, garante que assuntos políticos e conspirações não foram abordados nas conversas que teve com Bourgeois.  “Este foi o segundo contato que tive com ele. Eu o conheci na reunião do Conselho e depois ele pediu para conversar comigo. Falamos de forma bastante natural, sem nada que pudesse caracterizar coisas políticas, essa besteira de impeachment [do presidente Aidar] ou o diabo. Isso é uma grande besteira, eu não me presto a esse tipo de coisa”, disse Leco.

“Não falamos nada que pudesse ser considerado anormal. Não vejo como um encontro entre o presidente do Conselho e um dirigente contratado, um CEO, pode ser considerado quebra de confiança”, afirmou. Segundo Leco, muitas pessoas ouviram Aidar dizer que ele não estava mais interessado em manter Bourgeois no cargo. No dia 4 deste mês, ao convocar uma coletiva para anunciar um novo organograma para o clube, o presidente ironizou o ex-CEO publicamente. "Essas metas estabelecidas para o CEO são ousadas, muito ousadas. Vamos ver se ele será capaz de fazer tudo isso", disse, na ocasião.

Bourgeois, de acordo com Leco, já estava ciente de que seria desligado do clube. “Eu quis me inteirar sobre alguns assuntos da organização e ele me disse que tinha o receio de ser demitido. E isso efetivamente aconteceu três dias depois. Dizer que nossa reunião foi o pivô dessa demissão não tem o menor sentido”, declarou. Em entrevista à Folha de S. Paulo, nesta terça, o ex-CEO disse que oito pessoas participaram de sua demissão. Ele relatou que Olivério Júniro, um assessor de imprensa do São Paulo, ameaçou agredi-lo fora das dependências do Tricolor.

Leco disse que preferia não fazer nenhuma afirmação ao ser questionado sobre a falta de transparência e profissionalismo que as controvérsias poderiam passar para a torcida. “Mas essa interpretação é totalmente cabível”, ressaltou. Também nesta terça-feira, o empresário e membro do Conselho Consultivo do São Paulo, Abilio Diniz, afirmou que financiaria uma auditoria externa no Tricolor caso Aidar tornasse a instituição mais transparente. A contratação de Bourgeios foi uma indicação de Diniz e, segundo fontes de dentro do clube, Aidar esperava conseguir um aporte financeiro do empresário com a manutenção do dirigente.

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