Pinotti pede demissão do cargo de diretor de futebol do São Paulo - Gazeta Esportiva
Pinotti pede demissão do cargo de diretor de futebol do São Paulo

Pinotti pede demissão do cargo de diretor de futebol do São Paulo

Gazeta Esportiva

Por José Victor Ligero e Tiago Salazar

06/12/2017 às 15:01 • Atualizado: 06/12/2017 às 19:25

São Paulo, SP

Vinicius Pinotti assumiu o departamento de futebol após vitória de Leco nas eleições de abril (Foto: Fernando Dantas/Gazeta Press)


Vinicius Pinotti não é mais diretor-executivo de futebol do São Paulo. O dirigente pediu demissão do cargo na tarde desta quarta-feira por discordar de algumas decisões tomadas pelo presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, no decorrer do segundo semestre.

Houve divergências importantes entre o agora ex-diretor e o mandatário tricolor. A última delas se referiu, inclusive, ao técnico Dorival Júnior. Pinotti chegou a cogitar a demissão do treinador, o que foi rejeitado por Leco.

Com o clima abalado, os dois também não estavam concordando em relação ao modo de conduzir as contratações: o diretor gostaria de ter mais liberdade para tocar as negociações, enquanto o presidente fazia questão de participar, assumindo inclusive o papel de protagonista em algumas delas.

Pinotti durou pouco mais de sete meses na função, assumida por ele após a vitória de Leco nas eleições presidenciais de abril. Nesse período, o ex-diretor de marketing sofreu intensa pressão de conselheiros e torcedores, sendo apontado como um dos principais responsáveis pela fraca campanha da equipe em 2017.

Com o time brigando contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro, Pinotti foi sabatinado durante reunião do Conselho Deliberativo, em agosto. No encontro, ele teve de explicar algumas decisões polêmicas da diretoria, como a demissão de Rogério Ceni, a multa de R$ 5 milhões a ser paga ao ex-goleiro, o fato de Maicosuel ter sido encaminhado ao departamento médico logo após assinar contrato e o afastamento de Cícero.

Outro episódio que desgastou a imagem de Pinotti nos bastidores do clube foi a divulgação pelo portal Uol de que ele deu dinheiro a Alan Cimerman, ex-gerente de marketing, que foi demitido acusado de um esquema de desvios de ingressos de shows no Morumbi.

Vinicius Pinotti alegou que os apagamentos foram realizados como uma ajuda financeira a Cimerman e que não tinham a ver com o esquema de corrupção sobre ingressos. De fato, não houve indícios de ligação entre os dois casos.

Em 2015, Pinotti emprestou R$ 13 milhões para o São Paulo adquirir Ricardo Centurión em definitivo junto ao Racing-ARG. Depois, virou diretor de marketing antes de assumir o departamento de futebol neste ano. O clube alega ter um plano para pagar a dívida com o ex-dirigente. Em julho, vendeu 70% dos direitos econômicos do atacante argentino ao Genoa-ITA por 3,5 milhões de euros (R$ 12,85 milhões).

Com a saída do homem forte do futebol, o planejamento de 2018 ficará a cargo de Leco e do advogado Alexandre Pássaro, enquanto um nome não é definido para substituir Pinotti. Serão eles quem cuidarão das contratações, saídas e renovações de atletas nesse período. A manutenção de Jucilei no elenco e a compra do goleiro Jean, do Bahia, estão entre os principais objetivos do São Paulo no momento.

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