Em entrevista para a TV Gazeta, o cientista comportamental Ricardo Ventura analisou o lance. Para o profissional, Felipe Alves se colocou em um "risco desnecessário".
"Sabe o que eu percebo, como curioso, é que muitas vezes o goleiro se coloca numa situação de risco à toa. Esse que é o clima. Isso que eu estou dizendo. Sair jogando? Beleza. Tecnicamente é legal? Beleza. Mas que ele quer mostrar tipo assim 'olha como eu sou bom, olha como eu sei fazer firula'. Eu acho que é se colocar em risco, que é besteira. Foi o que ele fez", afirmou Ricardo Ventura.
"Se você vê o corpo dele, enquanto o atacante, que está todo tencionado, tem um objetivo, ele está fazendo de conta 'olha aqui, não estou nem ai para você', passando a linguagem corporal 'olha, estou aqui...". Para mim isso é um risco desnecessário. Parece muito que querem passar uma firula, que é um risco à toa", acrescentou.
Por outro lado, Toninho Cecílio, jogador do Palmeiras entre 1986 e 1992 e atual diretor de futebol da Portuguesa, ressaltou o profissionalismo de Felipe Alves, também em entrevista para a TV Gazeta. O dirigente ainda destacou que o goleiro já trabalho junto com Rogério Ceni no Fortaleza.
"Esse nível de profissional, não passou esse tipo de coisa pela cabeça, embora eu entenda o argumento. Mas, de maneira nenhuma, com a experiência do Felipe, passou isso 'olha como eu seu bom'. Ele tentou uma jogada", disse Toninho Cecílio.
"O aquecimento do goleiro é feito no gramado, há uma pré-adaptação (ao gramado sintético). Além disso o Felipe é um goleiro experiente e ele tem a confiança do Rogério, eles subiram com o Fortaleza", completou.
O São Paulo volta a campo na próxima quarta-feira. O time de Rogério Ceni vai enfrentar o Ceará, no Morumbi, pelo jogo de ida das quartas de final da Copa Sul-Americana.
