Ceni se cala sobre Paulo Amaral e apoia permanência de Leco até 2017 - Gazeta Esportiva
Ceni se cala sobre Paulo Amaral e apoia permanência de Leco até 2017

Ceni se cala sobre Paulo Amaral e apoia permanência de Leco até 2017

Gazeta Esportiva

Por Edoardo Ghirotto

16/10/2015 às 16:33 • Atualizado: 16/10/2015 às 19:38

São Paulo, SP

Rogério Ceni não quis comentar sobre a provável candidatura do desafeto Paulo Amaral à presidência (Foto: Djalma Vassão/Gazeta Press)
Ceni não quis comentar sobre a provável candidatura do desafeto Paulo Amaral à presidência (Foto: Djalma Vassão/Gazeta Press)


Rogério Ceni aceitou conceder entrevista coletiva nesta sexta-feira para lançar o novo o terceiro uniforme do São Paulo, mas não escapou das perguntas sobre o tumultuado ambiente político do clube. O novo desdobramento envolve o interesse de Paulo Amaral Vasconcellos, presidente tricolor entre 2000 e 2002, em concorrer ao pleito que definirá o sucessor de Carlos Miguel Aidar, que renunciou ao cargo na terça-feira. Havia a expectativa de que o presidente interino, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, fosse candidato único nas eleições previstas para o dia 27 desse mês.

Paulo Amaral chefiou o Tricolor nas conquistas do Paulistão de 2000 e do Rio-São Paulo de 2001, após superar o próprio Leco nas eleições presidenciais. Mas o ex-mandatário ganhou fama por ter afastado Rogério Ceni do time por quatro semanas em 2001. À época, o goleiro foi acusado de ter forjado uma oferta do Arsenal, da Inglaterra. A denúncia nunca foi provada.

Questionado sobre como reagiria à volta de Paulo Amaral à presidência, o ídolo tricolor preferiu o silêncio. “Não valeria a pena citar qualquer frase sobre ele”, disse. Ceni, contudo, aproveitou o momento para fazer campanha pela permanência de Leco na presidência até abril de 2017 – data em que se encerraria a gestão de Aidar. O mandatário interino estava na sala de imprensa do CCT da Barra Funda para acompanhar o lançamento dos uniformes alternativos do Tricolor.

“Hoje o doutor Leco está aqui como presidente interino. É um primeiro passo para que o clube volte a ter a credibilidade que sempre teve e possa conseguir conquistas e estabilidade dentro de campo. Torço para que a paz seja estabelecida e tudo seja esclarecido. Quero que seja um momento de paz política e que o Leco possa continuar nesse mandato e concluí-lo em abril de 2017. Espero que através de sua experiência ele possa colaborar para que o São Paulo tenha um 2016 administrativamente melhor do que tivemos nesse ano”, declarou Ceni.

Ceni voltaria a se calar durante a coletiva ao ser perguntado sobre uma possível decepção com a crise que Aidar desencadeou no São Paulo. “Quando a gente julga, ou pré-julga alguém, um dia você será julgado de maneira muito pior. Cabe à diretoria resolver o caso internamente e seguir com as apurações. Não gosto de falar sobre as pessoas”, limitou-se a dizer.

Sonho de ser presidente – Mesmo com o turbilhão político que se instaurou no clube, Ceni disse que não perdeu a vontade de um dia chefiar o São Paulo. O goleiro só descartou que aventura no ramo político venha a acontecer nos anos seguintes à sua aposentadoria, prevista para o fim do ano. “A presidência a curto prazo não faz parte dos meus planos, eu tenho muita coisa para fazer na vida e preciso adquirir conhecimento. Sou muito jovem para isso ainda. Quem sabe um dia, lá na frente, quando tiver 50 ou 60 anos, eu não possa participar do São Paulo dessa maneira? Mas não tenho isso como meta hoje”, concluiu.

Leco ganhou o apoio do goleiro Rogério Ceni para seguir na presidência do São Paulo até 2017 (Foto: Djalma Vassão/Gazeta Press)
Leco ganhou o apoio do goleiro Rogério Ceni para seguir na presidência do São Paulo até 2017 (Foto: Djalma Vassão/Gazeta Press)

Conteúdo Patrocinado