“O voto virtual nunca saiu do papel. O objetivo é recuperar o tempo perdido e assim modernizar e oferecer ao associado processos com total transparência e segurança, com maior conforto ao sócio onde quer que ele esteja, para maximizar sua participação no processo. Será uma nova fase, democratizando ainda mais o Santos Futebol Clube”, disse Marcelo Teixeira, presidente do Conselho Deliberativo.
A alternativa está prevista no Estatuto Social e ajudaria em momento de pandemia do novo coronavírus no Brasil, com restrição para aglomerações.
"Trará um benefício de acessibilidade, não apenas para os que tenham dificuldade em mobilidade ou que morem distantes das sedes presenciais, como também nesse momento de isolamento devido à pandemia da covid-19. Queremos incentivar a maior participação do sócio”, completou Teixeira.
A implantação do voto à distância requer investimento, mas também diminui despesas com funcionários envolvidos, operação de montagem e cédulas.
Parecer da Comissão Eleitoral
O relatório de 36 páginas obtido pela Gazeta Esportiva foi assinado por Fernando Reverendo Vidal Akaoui (presidente), Roberto Diz Torres (coordenador) e Cassio Frederick Gonçalves Richter, Osvaldo Nico Gonçalves e Antonio Aguiar Teixeira.
Com base na indicação da Comissão Transitória da Secretaria Social, a Comissão Eleitoral definiu 25 mil associados com condições de votar em dezembro.
Duas empresas ajudariam no processo: Infolog, para instalar e operar a plataforma de voto virtual, com o valor de 23 mil reais. E a Security Labs, para realizar auditoria sobre a segurança digital, sob quantia de 12 mil reais. Um total de R$ 35 mil.
Veja as conclusões dos conselheiros da CE abaixo:
1) A eleição presencial está prevista no Estatuto do clube, avaliado sob nossa ótica, condições de se obter autorizações para utilização de espaços, prioritariamente abertos de outros clubes sociais da Baixada Santista, para realização do certame. Avaliar também a possibilidade e necessidade de extensão no horário da votação, dividindo-se o grupo de associados por período (manhã, tarde e noite.
2) A eleição virtual com base nas informações técnicas das empresas é absolutamente viável e segura. O investimento a ser realizado avaliamos ser compatível com gastos no dia a dia da agremiação. A Comissão Temporária da Secretaria Social está buscando resolver, juntamente com a Mesa Diretiva do Conselho Deliberativo, a solidificação do cadastro. Cabe consignar, entretanto, que o cadastro para uma eleição virtual é o mesmo que para uma eventual eleição presencial.
3) A eleição virtual é apresentada como alternativa e figurará como um Plano B, para tanto segue apresentada para análise e autorização desde Egrégio Conselho Deliberativo, para encaminhar a contratação das empresas na forma exposta, como medidas para deixar o sistema concluído, testado auditado e alimentado.
4) O Conselho terá disponibilizada a possibilidade da realização da eleição virtual no caso de impossibilidade da presencial, contando com esforço por parte da diretoria para criar um login e senha para que o associado possa entrar no sistema e votar no dia da eleição. Providências para contatar o maior número de associados com a informação acerca da necessidade de cadastramento de nome de usuário e senha. Deverá divulgar amplamente esta campanha em meios de comunicação, mídias sociais e contatos existentes no cadastro de associados.
5) Ressalvar para o caso de, eventualmente, o Conselho negar autorização de realização na forma alternativa de eleição virtual, caso haja proibição de de eleições presenciais por parte das autoridades sanitárias, corre-se o risco de estar sujeito a prorrogar o mandato dos atuais presidente e vice da diretoria do clube, membros do Comitê de Gestão, mesa do Conselho, bem como dos senhores conselheiros eleitos, até que sejam liberados eventos com grande de número de pessoas, como é a eleição no clube.
6) As eleições virtuais parecem ser um caminho inevitável, não apenas para o Santos, assim como para qualquer agremiação ou instituição com grande número de votantes. Ficará o legado do Conselho Deliberativo e desta Comissão Eleitoral a opção e modalidade de votação ainda que não haja necessidade dessa prática em dezembro de 2020.
