Gazeta Esportiva

Estreia no Paulistão mostra problemas que Jesualdo terá que corrigir no Santos

O Santos estrou no Campeonato Paulista com um empate contra o Red Bull Bragantino, na Vila Belmiro, e não conseguiu desempenhar um futebol envolvente e efetivo. Com apenas duas semanas à frente do Peixe, Jesualdo Ferreira corre contra o tempo para ajustar detalhes no início da temporada.

O próximo desafio do Santos será contra o Guarani, na segunda-feira, às 20h, no Brinco de Ouro. Para o jogo de Campinas, o treinador português buscará trazer soluções para problemas apresentados no primeiro compromisso de 2020.

Jesualdo tem a dura missão de substituir Sampaoli no Santos (Foto: Ivan Storti/Santos)

Excesso de lançamentos

O Santos teve dificuldade para organizar a saída de bola de maneira fluida, com toques curtos. Por conta da boa marcação do adversário e da falha no posicionamento dos volantes do Peixe, que não ofereciam opção para os defensores, o Alvinegro apelou constantemente para lançamentos longos.

De acordo com o Footstats, o Santos optou por lançar a bola em direção ao ataque em 28 ocasiões ao longo do jogo. Além do número alto, o que chamou a atenção foi o baixo índice de acerto: apenas 11 deles (39,2% do total).

Meio “esvaziado”

Na maior parte das jogadas ofensivas, o Santos procurou avançar pelos lados do campo. A ideia era aproximar os pontas e os laterais, além da chegada dos meio-campistas Pituca e Sánchez, que tinham a incumbência de armar o time.

Com esse posicionamento, a faixa central do meio-campo do Santos ficou pouco povoada no jogo. A equipe trocou poucos passes no setor e chegou com pouco perigo pelo centro. O mapa de calor da partida evidencia a concentração das jogadas pelas laterais.

Mapa de calor do Santos (Foto: Divulgação/Santos)

Criação pobre

As principais chances de perigo do Santos na partida vieram em chutes de fora da área, com Sánchez e Pará. O time não apresentou repertório para trocar passes em jogadas mais elaboradas, seja pelo centro ou pela lateral do campo.

Um dos principais motivos para essa dificuldade na criação é justamente o “buraco” na faixa central citado anteriormente. Com Sánchez e Pituca buscando as beiradas, o time posicionou poucos jogadores por dentro e, dessa forma, poucas linhas de passe foram formadas.

Costas da zaga

Na parte final do segundo tempo, o RB Bragantino teve mais de uma oportunidade para marcar. A principal dificuldade do Santos na defesa foi impedir que os passes do adversário entrassem nas costas dos zagueiros.

As três chegadas do Massa Bruta foram com Ytalo. Primeiro, o centroavante recebeu passe em cobrança de lateral por trás da zaga e finalizou na rede pelo lado de fora. Na sequência, uma tabela colocou o atacante na cara de Everson, porém o goleiro defendeu o chute. Por fim, Ytalo foi lançado nas costas de Luan Peres e finalizou no travessão.

Jesualdo busca posicionar sua equipe com uma linha alta, com e sem a bola. No entanto, o movimento dos defensores precisa ser bem coordenado, para que a retaguarda não fique vulnerável no momento em que o time perde a posse.

Com o ponto somado na estreia do Paulistão, o Santos ocupa o segundo lugar do grupo A. Depois de enfrentar o Guarani, nesta segunda-feira, às 20h, no Brinco de Ouro, o Santos terá pela frente a Inter de Limeira, na Vila Belmiro, na quinta-feira, às 19h15.

Especial para a Gazeta Esportiva*

Exit mobile version