Discreto, estudioso e com mesada dos pais: conheça a joia "menos boleira" do Santos - Gazeta Esportiva
Discreto, estudioso e com mesada dos pais: conheça a joia "menos boleira" do Santos

Discreto, estudioso e com mesada dos pais: conheça a joia "menos boleira" do Santos

Gazeta Esportiva

Por Lucas Musetti Perazolli

03/01/2020 às 10:27

Santos, SP

Gabriel Pirani é uma das apostas do Santos para a Copinha (Pedro Azevedo/SFC)


O Santos estreia na Copa São Paulo de Futebol Júnior nesta sexta-feira, contra o Timon (MA), às 19h15 (de Brasília), no Estádio Bento de Abreu, em Marília. E dentre as apostas, há uma de perfil diferente do convencional.

Gabriel Pirani tem 17 anos e disputará sua primeira Copinha. E mesmo com três anos a menos em relação ao limite de idade, o meia-atacante briga pela titularidade. E o motivo não é apenas técnico.

Pirani chama a atenção também pelo estilo "menos boleiro": ele é discreto, estudioso e impressiona pela facilidade com as palavras e entendimento tático.

"O Pirani é um atleta extremamente inteligente, dinâmico e diferenciado. Forte e veloz, joga por dentro e nas extremas. Acabou de subir do sub-17, onde foi um dos destaques e artilheiro, e já estávamos acompanhando o atleta", diz o técnico Márcio Zanardi.

"Ele tem tudo para fazer uma ótima Copa São Paulo, mesmo sendo seu primeiro ano na competição. Esperamos que seja uma surpresa muito positiva para nossa equipe, já que vem disputando e bem a titularidade", afirmou o auxiliar Mauro Di Giuseppe.

Outro fato curioso na rotina de Gabriel Pirani é receber uma "mesada" dos pais. Ele gasta o mínimo possível e não vê problema algum nisso.

"Meu pai brinca comigo que tenho de jogar futebol por paixão, não por dinheiro. A valorização será uma consequência do meu futebol", explicou Pirani, em entrevista à Gazeta Esportiva.

Veja todas as respostas de Gabriel Pirani abaixo:

  • Perfil


"Ser discreto, estudioso e trabalhador é algo que herdei de minha família. Meus pais nunca pararam de trabalhar pelo fato deu ser jogador. A acredito que vou ser um grande jogador de futebol, meu objetivo é esse. Mas antes tenho que ser um grande cidadão, bom filho, bom aluno, bom funcionário e aprender o máximo que eu puder em tudo na minha vida".

  • Leitura de jogo e aprendizado com Jorge Sampaoli


"Procuro entender o jogo desde a época do futsal, que é um jogo muito tático. Além disso, sempre fui pouco maturado e era o “menor” (hoje tem 1,71 m de altura). Se eu não entendesse o jogo, ficaria difícil para meu talento aparecer. Sou um jogador que posso jogar em mais de uma posição, sou meia-atacante de origem, mas também já atuei e atuo como ponta, falso 9, segundo volante, então tenho sempre que estar atento nas movimentações, tomadas de decisões, ajuste corporal e etc.

"Sobre Sampaoli, foi bom enquanto durou. Participei muito do sparring, claro que isso somou pra mim, ele é um treinador de ponta. Mas a comissão técnica do sub-20 também está me agregando em muitas coisas, esse ano o (Márcio) Griggio no sub17 também me ajudou muito, também o Luciano, meu treinador entre o sub-11 e sub-15... E ainda há o Diogo Meschine, meu auxiliar no sub-15 e hoje analista do elenco profissional, um grande professor, que me ensina muito até hoje".

Gabriel Pirani chegou ao Santos há nove anos (Pedro Azevedo/SFC)


  • Mesada


"Meus país são de origem humilde, mas venceram na vida com muito trabalho e hoje posso dizer que eles têm uma situação estável. Sempre me ensinaram que temos que viver com o que é necessário, que eu sou jovem e preciso ter limite com os gastos e dar valor ao dinheiro. Tem muita gente que trabalha muito, estuda muito e se dedica muito, mas pode não ter a mesma sorte que eu!. No nosso país os jogadores de futebol são valorizados, então eu tenho uma “mesada” que é o suficiente para passar o mês. E meus pais guardam pra mim desde já... Meu pai brinca comigo que tenho que jogar futebol por paixão, não por dinheiro, a valorização será um consequência do meu futebol".

  • Primeira Copinha


"Acho que é uma grande responsabilidade, já são nove anos nesse clube. A Copa São Paulo é uma competição que sempre sonhei jogar e, mesmo saindo do sub-17 agora, vou jogar essa competição três anos mais novo que o limite da idade. Agora é dar meu máximo para conquistarmos os objetivos coletivos durante a competição e meu objetivo pessoal de chegar ao profissional"

  • Maus resultados recentes do sub-20 do Santos


"Preparação muito boa. Comissão técnica fez um trabalho muito intenso com a gente nesses últimos dois meses para chegarmos na melhor forma. Agora é aproveitar as oportunidades de vestir a camisa do clube que mais revela no país, na competição que mais revela também. Sobre o Santos não ir bem faz tempo, é relativo. E claro que queremos ser campeões. O que faz grandes jogadores são títulos importantes, vitórias importantes, gols importantes e etc, porém sempre ouvimos que na base vale muito mais revelar do que vencer. E apesar da geração anterior não ter vencido, grandes jogadores foram revelados, como Rodrygo, Yuri Alberto, Tailson, Robson Bambu, Caio Henrique, Arthur Gomes, Andre Anderson, entre outros".

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