Contratação de empresa é raro momento de unanimidade no Santos - Gazeta Esportiva
Contratação de empresa é raro momento de unanimidade no Santos

Contratação de empresa é raro momento de unanimidade no Santos

Gazeta Esportiva

Por Correspondente Lucas Musetti Perazolli

20/09/2018 às 06:00 • Atualizado: 20/09/2018 às 09:02

Santos, SP

Em meio à guerra política, Santos aprova empresa por unanimidade (Foto: Pedro Azevedo/SFC)


O Santos vive momento político conturbado, com votação do impeachment de José Carlos Peres no dia 29 e a chance do vice-presidente Orlando Rollo, opositor declarado, assumir o clube. E, mesmo nesse cenário, o Peixe viu uma unanimidade nessa semana.

O Comitê de Gestão aprovou a contratação da empresa EY para consultoria pelo processo de profissionalização no alvinegro. Peres, Rollo e os quatro membros do colegiado - Estevam Juhas, Fabio Gaia, Pedro Doria e José Carlos de Oliveira -, foram a favor.

A Ernst & Young é uma das quatro maiores empresas de serviços profissionais do mundo. A firma tem sede em Londres, está presente em 150 países, com mais de 700 escritórios e 200 mil funcionários. O objetivo é que os especialistas façam um raio-x do Santos.

A empresa fez uma apresentação, com o auxílio do executivo de marketing e comunicação Marcelo Frazão, na noite desta quarta-feira. O projeto empolgou os dirigentes santistas e será iniciado em outubro, em várias frentes.

A EY avaliará todos os departamentos e definirá um planejamento estratégico, com organograma, orçamento, sugestões de cortes e admissões, aumento de receitas, reforma estatutária, adequação às normas do Profut... A preparação será válida para pelo menos os próximos 10 anos.

A empresa fará diversas sugestões e caberá à diretoria colocá-las em prática. O escopo é basicamente o mesmo que foi executado no Flamengo e Grêmio.

“A EY é uma empresa que é uma das big four. Criaram um braço há três ou quatro anos só de esportes. Fazem contrato com o clube, no clube levantam situação, temos que passar pela profissionalização. Fazem orçamento, planejamento estratégico, organograma. Facilita o lado profissional. Há o exemplo do Flamengo, fizeram grande trabalho. É um dos clubes mais organizados do Brasil. Atlético-PR, Grêmio… Intenção é fazer com que clube seja profissional e que contratações não sejam mais políticas, mas sim por meio do RH. Quando chegar nesse ponto, não teremos divergência política. Ficará estritamente profissional o assunto”, explicou o presidente nesta semana.


Flamengo e Grêmio têm CEO e diretorias executivas (nos cariocas, 7, nos gaúchos, 5). No Santos, as decisões ficam por meio do Comitê de Gestão, hoje formado pelo presidente, o vice Orlando Rollo e quatro gestores – três se desligaram da função -, além dos executivos Marcelo Frazão (comunicação e marketing), Ricardo Feijoo (administrativo/financeiro) e Rodrigo Gama Monteiro (jurídico). Renato, novo executivo, passa a responder pelo departamento de futebol.

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