Conselho do Santos marca reunião que pode abrir novo processo de impeachment de Peres - Gazeta Esportiva
Conselho do Santos marca reunião que pode abrir novo processo de impeachment de Peres

Conselho do Santos marca reunião que pode abrir novo processo de impeachment de Peres

Gazeta Esportiva

Por Lucas Musetti Perazolli

18/09/2020 às 20:02 • Atualizado: 18/09/2020 às 20:02

Santos, SP

O Conselho Deliberativo do Santos marcou uma nova reunião virtual para o dia 28 de setembro, segunda-feira, a partir das 19h30.

Dentre as pautas, está a avaliação da Comissão de Inquérito e Sindicância sobre as contas da gestão de José Carlos Peres em 2019. A CIS deve recomendar a abertura de novo processo de impeachment.

O Peixe teve R$ 23,5 milhões de superávit em 2019, mas contou com contabilização da venda de Rodrygo ao Real Madrid, da Espanha, por R$ 190 mi.

Se a CIS de fato avaliar a gestão como temerária, os conselheiros poderão abrir novo processo de impeachment. Em 2018, Peres foi "salvo" pelos associados.

O rito previsto na Comissão de Estatuto é o seguinte: recomendação da Comissão de Inquérito e Sindicância, aprovação ou não no plenário. Se sim, o caso volta para a CIS e o amplo direito à defesa é dado, com o recebimento das justificativas da diretoria.

Com a defesa em mãos, a CIS pode manter ou não o parecer favorável ao impeachment. E o Conselho Deliberativo vota pelo "sim" ou "não" novamente. Se o "sim" persistir, uma assembleia com os associados é marcada - neste caso, há a preocupação em função da pandemia do novo coronavírus. O clube tenta viabilizar o voto virtual para a eleição marcada para dezembro.

Conselheiros da oposição - atualmente a grande maioria -, tentam, porém, acelerar esse processo. A ideia é expulsar José Carlos Peres do quadro associativo. Alguns estão otimistas pelo afastamento imediato e buscam "brechas" no Estatuto Social. A Mesa do Conselho Deliberativo, porém, prioriza o rito "convencional" realizado em 2018.

José Carlos Peres, presidente do Santos (Ivan Storti/Divulgação SFC)

Irregularidades


De acordo com parecer do Conselho Fiscal sobre 2019, José Carlos Peres admitiu utilização indevida do cartão corporativo, "bem como a negligência com as pendências de ressarcimento dos valores". Isso infringe o Estatuto Social em mais de um artigo. Em entrevista à Gazeta Esportiva, o presidente disse que cancelou o cartão. 

O CF apontou apontou R$ 28.761,65 gastos por motivação pessoal e sem reembolso. Peres afirmou por várias vezes ter usado o dinheiro para reuniões ou necessidades do escritório do clube em São Paulo.

O Conselho Fiscal também ratificou a preocupação com comissões a empresários. E não obteve os documentos pedidos da venda de Bruno Henrique ao Flamengo, por exemplo.

Outro ponto importante, de acordo com o relatório do CF, é a utilização de escritório de advocacia contratado pelo Santos para defender Pedro Doria, membro do Comitê de Gestão, e também da filha do presidente José Carlos Peres.

Todas essas denúncias foram encaminhadas à Comissão de de Inquérito e Sindicância.

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