Sucesso do Palmeiras na altitude de La Paz foi fruto de trabalho multidisciplinar do departamento médico - Gazeta Esportiva
Sucesso do Palmeiras na altitude de La Paz foi fruto de trabalho multidisciplinar do departamento médico

Sucesso do Palmeiras na altitude de La Paz foi fruto de trabalho multidisciplinar do departamento médico

Gazeta Esportiva

Por Redação

19/09/2020 às 11:59

São Paulo, SP

O Palmeiras quebrou um jejum de 37 anos sem vitória de clubes brasileiros atuando na cidade de La Paz, a 3.640 metros do nível do mar, quando derrotou o Bolívar por 2 a 1 na noite da última quarta-feira, pela Copa Libertadores.

Após o confronto, o Verdão explicou que o duelo foi objeto de muito estudo e planejamento por parte da comissão técnica em conjunto com o Núcleo de Saúde e Performance, que trabalharam para minimizar os efeitos da altitude sobre o elenco.

Três dias antes do jogo, a delegação do Palmeiras chegou à La Paz para começar as atividades. Foram dois treinos no Estádio Rafael Mendoza, do The Strongest, com o intuito de identificar melhor os problemas como a hiperventilação e a velocidade maior da bola no ar rarefeito.



“Cada dia a mais na altitude você apresenta melhores reações a esse fenômeno. A rarefação do ar, a dificuldade respiratória… Você começa a alterar metabolicamente seu organismo para ter os benefícios normais, climaticamente, do lugar onde está. Não foi empírico, já faço há alguns anos. Se você chega no dia, há o elemento surpresa, o jogador se assusta com a hiperventilação, não está acostumado à velocidade da bola. Além disso, tem o fator psicológico, não há surpresa. Ele percebe nos treinamentos que não vai passar mal”, explica o preparador físico Antônio Mello.

“O Palmeiras realizou algo relativamente inédito de ir três dias antes, realizar dois treinos, ter feito um aquecimento especial para a altitude. Os pressupostos teóricos dizem que ir imediatamente antes do jogo minimiza os efeitos fisiológicos. Jogar na altitude traz perda respiratória de 10% no mínimo e percebemos isso nos atletas. Mas há outros ganhos, como cinemática e dinâmica. Então a bola vai mais rápido, você tem chutes mais potentes, e os velocistas conseguem ter melhor desempenho”, reforçou o coordenador científico, Daniel Gonçalves.

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