Questionado a respeito da sua saída, em entrevista concedida à Fox Sports, o agora diretor do departamento de futebol do Atlético-MG desabafou.
“Quando você está no olho do furacão, você é culpado de tudo. Até a eliminação para o Grêmio, estava tudo certo. O Palmeiras estava bem, era o melhor do Campeonato Brasileiro e Copa Libertadores. Se você voltar para o começo desses cinco anos da minha passagem, vamos ver que o Palmeiras mudou seu patamar”, comentou.
“O Palmeiras, hoje, é visto como favorito em todas as competições. Vínhamos de um pouco mais de uma década, de 2002 até 2014, fora do protagonismo que sua torcida tanto merece e quer. Hoje, o Palmeiras é protagonista porquê ganhou títulos importantes e encerrou diversos jejuns. O time dominou o cenário do Campeonato Brasileiro, que é o torneio mais importante do país”, completou.
Mattos ainda fez questão de ressaltar o aumento das receitas do clube e a mudança de perfil.
“Em termos financeiros, atingimos o maior patamar da história do clube. E, com muito orgulho, digo que a maior receita veio das vendas de jogadores, algo que passava 100% por mim. Nós reestruturamos o Palmeiras e um dos exemplos é o departamento médico, que era motivo de piada”, contou, voltando a pontuar mais algumas mágoas.
“Quando você fica cinco anos à frente de um clube, quebra os paradigmas que foram quebrados e manda um monte de gente embora. Ah, meu amigo, é claro que na hora que fica ruim vão apontar o dedo para quem se expõe, para quem está na linha de frente. E contratei porque o Palmeiras permitia contratar. Sempre tive presidente e diretor jurídico para vetar as contratações. Então, quando o Palmeiras quase é rebaixado dentro da sua arena, o que se dizia era que precisava trocar tudo. E eu troquei, principalmente o time”, destacou.
Por fim, Alexandre Mattos falou a respeito do legado deixado por ele no Palmeiras.
“O legado que deixei daquela época ainda está lá. Claro que tiveram erros, porém, quando você contrata uma quantidade necessária para mudar o patamar de um clube, é isso o que acontece. Eu lembro a primeira vez que eu liguei para um empresário e ele me disse: ‘Você está querendo levar um jogador meu para um clube que tritura profissionais’. Hoje em dia, os jogadores estão brigando para ir ao Palmeiras. O clube não atrasou um dia durante a minha gestão”, finalizou.