Festa do Palmeiras tem homenagem à Academia e lágrimas de Leão - Gazeta Esportiva
Festa do Palmeiras tem homenagem à Academia e lágrimas de Leão

Festa do Palmeiras tem homenagem à Academia e lágrimas de Leão

Gazeta Esportiva

Por Bruno Ceccon

29/08/2017 às 02:21 • Atualizado: 29/08/2017 às 15:25

São Paulo, SP




O Palmeiras completou 103 anos de fundação no último sábado, mas promoveu sua festa oficial apenas na noite desta segunda-feira. O evento, realizado em uma casa de shows na Zona Oeste da capital paulista, foi marcado por uma homenagem ao time conhecido como “Segunda Academia” e contou com um emocionado Emerson Leão.

A equipe de 1972 entrou para a história ao protagonizar uma temporada com 49 vitórias, 26 empates e apenas cinco derrotas, conquistando o Campeonato Paulista de forma invicta e o Brasileiro. Com o mesmo time base, o Palmeiras ainda ganhou o Brasileiro 1973 e o Paulista 1974.

Reunidos pelo clube, Leão; Eurico, Luís Pereira, Alfredo e Zeca; Dudu e Ademir da Guia; Edu, Leivinha, César e Nei subiram ao palco e ganharam medalhas comemorativas. O ex-goleiro Leão, que não costuma comparecer aos aniversários do clube, discursou em nome do grupo e se emocionou ao final.

“Isso não estava no script e nunca falei. O Palmeiras me deu...”, disse Leão, normalmente sisudo, com dificuldades para conter as lágrimas. Emocionado, ele ganhou aplausos da plateia e prosseguiu. “O Palmeiras me deu uma joia rara. Foi lá que conheci minha mulher, com quem sou casado há 41 anos”, completou, ovacionado.

Com 620 jogos pelo clube, Emerson Leão é superado apenas por Ademir da Guia (902). O antigo camisa 10, antes de subir ao palco com os companheiros de 1972, recebeu homenagem especial e foi chamado pelo presidente Maurício Galiotte de “maior jogador da Sociedade Esportiva Palmeiras de todos os tempos”.

“Realmente, é um momento único merecer essa homenagem, aos 75 anos. Na verdade, a gente não faz nada sozinho. O ano de 1972 foi especial e temos que lembrar sempre”, afirmou Ademir da Guia, citando nominalmente seus companheiros, além do técnico Oswaldo Brandão. “Futebol é conjunto e não ganhamos nada sozinhos”, declarou.

Além de homenagear a Segunda Academia, o clube lembrou a Arrancada Heroica (1942) e seu primeiro jogo no Parque Antárctica (1917). Modesto Roma Júnior, presidente santista, marcou presença, enquanto José Roberto Lamacchia e Leila Pereira, proprietários da Crefisa/FAM, foram premiados por Maurício Galiotte, que adotou tom otimista ao discursar.

“Nos últimos anos, passamos por um período de dificuldade. Com muito trabalho e comprometimento, estamos em um momento de reconstrução, superando todas as adversidades. O Palmeiras está de volta. Através da profissionalização e de ferramentas modernas de administração, estamos pavimentando o clube para o futuro”, disse.

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