Citado na festa do título, Brunoro elogia “hombridade” de Nobre - Gazeta Esportiva
Citado na festa do título, Brunoro elogia “hombridade” de Nobre

Citado na festa do título, Brunoro elogia “hombridade” de Nobre

Gazeta Esportiva

Por Olga Bagatini*

08/12/2015 às 18:52 • Atualizado: 08/12/2015 às 19:03

São Paulo, SP

Na comemoração do título da Copa do Brasil, na última quarta-feira, Paulo Nobre foi à forra e fez questão de agradecer a nomes que passaram pelo clube e, de alguma forma, ajudaram a cimentar o caminho até a taça. Em meio às gratulações, o presidente citou os ex-dirigentes José Carlos Brunoro e Omar Feitosa, demitidos há um ano, no início da reformulação alviverde. Honrado pela lembrança, Brunoro mudou o discurso e elogiou a postura de Nobre.


“O próprio presidente citou meu nome, é muita hombridade da parte dele. Saí do Palmeiras incompreendido, mas fiquei feliz por ter sido lembrado. Poucas pessoas agiriam dessa maneira”, destacou Brunoro, responsável por recomendar a Nobre que amadurecesse, logo após sua demissão.


O diretor executivo que antecedeu Alexandre Mattos foi contratado em 2013, com a missão de levar o time recém-rebaixado de volta à elite. Brunoro se orgulha de ter cumprido a tarefa em meio a uma crise financeira, na qual a equipe passou dois anos sem patrocinador máster, e vê nisto o passo inicial da reformulação que levou ao topo do pódio.




(foto: Djalma Vassão/Gazeta Press)
Brunoro elogiou o trabalho do sucessor Mattos e garantiu que não há mágoas (foto: Djalma Vassão/Gazeta Press)

“A gente fez o Palmeiras subir numa época em que tínhamos pouquíssimos dinheiro. O objetivo foi, em primeiro lugar, subir sem sustos para a torcida não sofrer. Foi uma marca bacana, porque a gente ultrapassou rapidamente essa fase e foi importante para a reconstrução”, avaliou.


O Palmeiras garantiu o retorno à Série A ainda na 32ª rodada, após empate com o São Caetano. Em 2014, contudo, a falta de recursos levou a equipe a outra crise. Exibindo um futebol pouco convincente, o alviverde paulista só não foi rebaixado graças a um tropeço do Vitória sobre o Santos, na última rodada, que afundou o time baiano e salvou o Verdão. “Fazer essa reconstrução é desgastante, sabíamos da dificuldade e fomos muito criticados”, admitiu.


A consequência foi a demissão de Brunoro, Feitosa e do técnico Dorival Júnior, a chegada de Mattos e a promessa de levar o Palmeiras de volta às glórias. Apoiado pelo presidente, Mattos renovou o futebol palestrino, fez 25 contratações e sacramentou a nova fase alviverde, assegurando o título inédito na gestão Nobre e no novo estádio e arrancando elogios do antecessor.


"Mattos é bastante ousado. Lógico que a gente tem filosofias diferentes, eu sou mais conservador, não contrataria tantos jogadores. Mas cada um tem seu estilo, e no futebol, é o resultado que interessa", disse.


As mágoas de Brunoro com a agremiação do Palestra Itália parecem ter sido superadas. Alvo de sondagens para voltar a dirigir uma equipe de futebol, como admitiu, o palmeirense disse ter festejado o 12º troféu nacional e refutou qualquer rancor em relação ao antigo clube.


“Não guardo mágoa de jeito nenhum. Fiz grandes amigos lá. Não me vejo participando do título da Copa do Brasil, houve um trabalho forte ao longo do ano, mas tenho orgulho de fazer parte da equipe que reergueu o Palmeiras. Plantei minha sementinha. Estou feliz não só pelo clube, mas por Nobre também”, concluiu.


*especial para a Gazeta Esportiva

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