Manchester City registra maior receita operacional entre os campeões da Europa, diz KPMG - Gazeta Esportiva
Manchester City registra maior receita operacional entre os campeões da Europa, diz KPMG

Manchester City registra maior receita operacional entre os campeões da Europa, diz KPMG

Gazeta Esportiva

Por Redação

03/03/2022 às 11:57

São Paulo, SP

Uma pesquisa realizada pela KPMG indica que o desempenho financeiro dos campeões das oito principais ligas da Europa continua severamente impactado pela covid-19, com exceção do Manchester City.




De acordo com a 6ª edição do “The European Champions Report”, quase todos os grandes clubes registraram prejuízos ao longo da temporada encerrada em junho passado, mas o time inglês conseguiu registrar crescimento anual nas receitas operacionais e ainda superar o apurado no período pré-pandemia.

O levantamento aponta ainda que as equipes que conseguiram contar com pagamentos atrasados de transmissão -- tanto em relação a jogos adiados da temporada anterior, quanto aqueles capazes de avançar ainda mais nos torneios -- tiveram aumento de receita total.

O Manchester City, por exemplo, se beneficiou por chegar à final da Liga dos Campeões da UEFA pela primeira vez na história. Com este feito, os ingleses arrecadaram quase 100 milhões de euros a mais em receitas totais do que em 2020, encerrando o período com alta de 17% e receita superior a 644 milhões de euros -- superando até o rival Manchester United, que encerrou 2021 com total de 557 milhões.

A publicação também indica que o Atlético de Madrid registrou um prejuízo líquido de quase 112 milhões de euros, principalmente devido à redução de operações de venda de jogadores. Segundo a pesquisa, os clubes com pior desempenho nas receitas operacionais foram o Ajax, com retração de 23% e prejuízo de 37 milhões de euros, e o Beşiktaş, com perdas de 15 milhões de euros e queda de 21%.

Por outro lado, a Inter de Milão cresceu 19% em relação a 2020 e mesmo assim encerrou o período quase 20 milhões de euros abaixo dos resultados da última temporada pré-covid.

“A perda de receita com bilheteria, o aumento dos custos operacionais e os baixos lucros das atividades de negociação de jogadores levaram os clubes a este cenário em que prejuízos são mais frequentes. No entanto, a tendência é positiva conforme a pandemia dá sinais de melhora”, resume o sócio-líder de mídia e esportes da KPMG no Brasil, Francisco Clemente.



Impacto na bilheteria foi a principal causa de prejuízos

De acordo com a 6ª edição do “The European Champions Report”, as receitas de bilheteria foram praticamente eliminadas, uma vez que esse fluxo foi o mais afetado pelas restrições provocadas pela pandemia. Para efeito de comparação, na última temporada antes da covid-19, os oito clubes pesquisados lucraram um total de 359 milhões de euros com público.

“Embora a reabertura dos estádios e alguns grandes acordos comerciais assinados recentemente possam fornecer algum otimismo para as temporadas atuais e futuras, a pandemia escancarou problemas de sustentabilidade financeira e a fragilidade do ecossistema do futebol como um todo. Tais dificuldades reforçam a importância de revisão dos calendários de jogos, medidas de controle de custos e mudanças na governança das competições, no âmbito global, inclusive no Brasil”, observa Clemente.

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