A vitória de 1 a 0 sobre o Macaé não foi suficiente para classificar o Fluminense para as semifinais da Taça Guanabara, primeiro turno do Campeonato Carioca. Agora, serão mais de dez dias sem entrar em campo para um confronto oficial e o período é tratado internamente como um calmante por conta do conturbado momento político. A pressão da torcida tem sido grande por conta da falta de reforços e da perda de jogadores importantes. O meia Gustavo Scarpa e o atacante Henrique Dourado, os destaques da temporada passada, foram negociados, inclusive com o artilheiro se transferindo para o arquirrival Flamengo.
Além deles, jogadores experientes foram liberados, como o goleiro Diego Cavalieri e o zagueiro Henrique. Mais uma vez a aposta recai nas costas dos jovens revelados nas categorias de base e em poucos contratados, a maioria sem grande relevância.
O técnico Abel Braga, um dos poucos a contar com a confiança da torcida, tem deixado claro a necessidade de muito trabalho, pois admite a realidade complicada.
“A situação é mais preocupante do que a da temporada passada. A minha esperança é a dedicação desses jogadores. O momento é de doação”, lamentou Abel, que não vem escondendo a sua preocupação.
Vários grupos de oposição começam a ameaçar politicamente o presidente Pedro Abad, que começa a se ver isolado. Recursos para reforços importantes, o que poderia dar uma resposta rápida aos torcedores, não existem, o que torna o período sem jogos até mesmo um alívio.
Nos bastidores do clube existe um temor sobre a participação no Campeonato Brasileiro, onde conselheiros entendem que o risco de um rebaixamento é muito grande por conta da pouca experiência do plantel.
O próximo compromisso oficial será a estreia na Taça Rio, segundo turno do Campeonato Carioca, contra o Bangu, em 21 de fevereiro. Porém, existe a possibilidade de a CBF confirmar para a próxima semana o duelo contra o Salgueiros pela segunda fase da Copa do Brasil. O elenco do Fluminense volta aos treinos nesta terça-feira.