Ferroviária acusa membros do Real Brasília de assédio em jogo do Brasileiro feminino - Gazeta Esportiva
Ferroviária acusa membros do Real Brasília de assédio em jogo do Brasileiro feminino

Ferroviária acusa membros do Real Brasília de assédio em jogo do Brasileiro feminino

Gazeta Esportiva

Por Redação

21/03/2024 às 11:53

São Paulo, SP

Nesta quinta-feira, a Ferroviária denunciou um caso de assédio no duelo contra o Real Brasília pela segunda rodada do Brasileiro feminino, na última quarta-feira, na capital brasileira, com a Coordenadora do Departamento Médico e Fisioterapeuta, Ariane Patricia Falavinia dos Santos.

O episódio teria ocorrido no deslocamento da fisioterapeuta dentro do campo, quando membros do rival do duelo, que não foram identificados, começaram a fazer comentários sobre as suas características físicas, conforme relata o time na nota.

A denúncia foi feita para a árbitra da partida, Luciana Mafra Leite, por uma atleta e pela própria Ariane. A juíza registrou a ação na súmula.

"Ao final da partida, com toda equipe de arbitragem no vestiário, a fisioterapeuta da equipe da ferroviária s.a.f a sra ariane patrícia falavinia dos santos, relatou que no final do segundo tempo, quando a mesma entrou em campo para atendimento médico de sua goleira, ouviu de membros uniformizados porém não identificados da equipe do real brasília futebol clube ltda, as seguintes palavras: ' pode mandar ela vir para cá, ela é gostosa'. informo que ninguém da equipe de arbitragem presenciou o fato relatado", escreveu Luciana.



Ao fim do comunicado, a Ferroviária ressaltou estar ao lado de Ariane e pediu a ajuda de clubes, federações e autoridades para coibir esse tipo de situação.

O duelo  terminou em vitória por 2 a 0 das Guerreiras Grenás. Lelê e Neném marcaram os gols do triunfo das visitantes.

Confira a denúncia na íntegra:

A Ferroviária S.A.F. manifesta veementemente seu repúdio ao assédio sofrido pela Coordenadora do Departamento Médico e Fisioterapeuta, Ariane Patricia Falavinia dos Santos, durante o jogo entre Real Brasília e Ferroviária, pela segunda rodada do Brasileirão Feminino, no Estádio Ciro Machado (Defelê), em Brasília-DF, na última terça-feira (19). É inaceitável que uma profissional em seu ambiente de trabalho seja alvo de violência por exercer suas funções.

O episódio ocorreu no momento em que a fisioterapeuta se deslocava dentro do campo e quando se aproximou do grupo, membros uniformizados, porém não identificados do time adversário, começaram a fazer comentários indesejados sobre suas características físicas, constrangendo a profissional e em total desrespeito às mulheres. A denúncia foi feita para a arbitragem pela própria Ariane e uma atleta que ouviu os insultos.

O clube tem como símbolo a ‘Guerreira Grená’ e seu escudo, que representam a luta contra a desigualdade, violência, racismo e repressão à todas as mulheres brasileiras. Nos solidarizamos a Ariane (Nani), e reiteramos nosso compromisso com a segurança e o respeito aos profissionais do clube e do Futebol Feminino, cujo trabalho é fundamental para o desenvolvimento e a promoção da modalidade.

Ressaltamos a importância da colaboração entre clubes, federações, autoridades de segurança e imprensa para que sejam adotadas medidas efetivas a fim de prevenir e coibir episódios de violência. Repudiamos qualquer forma de agressão e apelamos para que as autoridades responsáveis tomem as devidas providências para identificar e punir de acordo com a lei.

Reiteramos ainda a importância de denunciar situações de assédio, importunação ou violência sofridas em qualquer ambiente, pois é através de denúncias que se torna possível coibir tais atos. 

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