Vítor Pereira detona arbitragem e diz que já conversou com Róger Guedes: "Tivemos que fazer alguma coisa" - Gazeta Esportiva
Vítor Pereira detona arbitragem e diz que já conversou com Róger Guedes: "Tivemos que fazer alguma coisa"

Vítor Pereira detona arbitragem e diz que já conversou com Róger Guedes: "Tivemos que fazer alguma coisa"

Gazeta Esportiva

Por Marina Bufon

13/10/2022 às 01:10

São Paulo, SP

Avesso a falar de arbitragem, um Vítor Pereira muito irritado iniciou justamente por esse assunto na coletiva de imprensa após o empate sem gols entre Corinthians e Flamengo, na noite desta quarta-feira, pela ida da final da Copa do Brasil.

Segundo ele, João Gomes deveria ter recebido o segundo amarelo e, portanto, ter sido expulso, e, um pênalti deveria ter sido marcado. Na etapa complementar, em disputa de bola com Yuri Alberto, Léo Pereira encostou a mão na bola, mas o árbitro de vídeo não interveio.

"Hoje vou falar (de arbitragem). Se foi pênalti? (risos irônicos) Foi um jogo equilibrado, momentos em que tivemos por cima, outros que o Flamengo esteve por cima. Equipes que se respeitaram, um jogo disputado, cada um com seus argumentos. Agora, o que não consigo entender é que, primeiro, o seu Braulio Machado não viu o segundo amarelo claro ao João Gomes, mas o Dorival viu e logo o tirou", iniciou, irônico.

"Depois, o seu Rodrigo D’Alonso não conseguiu ver o VAR, com toda a tecnologia disponível, que aquela bola bate no braço, impede que a bola chegue no Giuliano. Ele nem sequer chamou para análise. Para mim, nessas duas decisões, saíram lesados mais de 30 milhões de corintianos. É preciso falar disso. Quero que se fale disso, não é para esconder. Não faço a mínima ideia (porque acontece isso). Foram dois erros claros em uma final", complementou.

Quando questionado sobre se havia recebido a informação de que a bola teria batido na barriga de Léo Pereira, ele brincou. "Na minha barriga era capaz de bater, porque tenho um pouco, mas na dele não vi, é magrinho, não bateu. Eu vi as imagens, duas, três vezes, para mim é claro (que foi pênalti). Não bateu em barriga, coxa, nada, bateu diretamente no braço. Foram dois erros claros de arbitragem que nos prejudicaram".

Outro momento que chamou atenção no jogo foram as substituições de Renato Augusto e Róger Guedes com menos de 25 minutos de segundo tempo. O camisa 10 saiu bravo de campo, mas VP garantiu que já houve uma conversa entre eles.

"Já conversamos, já disse que estava chateado, porque gosta de jogar, mas para jogar tem que correr, tem que pressionar, tivemos que fazer alguma coisa. Eu penalizei e achei que, com jogadores que pressionassem mais, ia melhorar. Na minha opinião, melhoramos", finalizou.

O Timão volta a entrar em campo neste sábado, quando visita o Goiás, na Serrinha, a partir das 19h (de Brasília), pela 32ª rodada do Brasileirão.

Somente na quarta-feira que vem é que viaja para o Rio de Janeiro para enfrentar o Flamengo, na volta da final da Copa do Brasil, no Maracanã, novamente às 21h45 (de Brasília).



Veja abaixo outros trechos da coletiva de Vítor Pereira:


Estilo de jogo

“Não quis jogar no erro, quis jogar a pressionar, mas eles têm qualidade para nos empurrar lá para trás. A intenção era não deixar jogar. Enquanto tivemos pernas, frescos para fazer, fazemos bem, mas quando não, deixamos que tivessem mais bola e é isso que não pode acontecer. Se quisermos ganhar do Flamengo, tínhamos que ficar mais com a bola. Conseguimos em determinados momentos e em outros não”.

Modificações

“O que claramente se notou é que voltamos a pressionar e criar problemas, pressionamos mais alto e deixamos de estar lá trás, que era o que estava acontecendo. Tivemos que fazer alguma coisa, colocar gente mais fresca e com capacidade de pressão. Na minha opinião, melhoramos. Foi em capacidade de pressão, correr mais e melhor. Dentro de campo, Renato e Róger eram quem menos corriam em campo e pressionaram. Decisão minha, por mais que goste deles, gosto mais do Corinthians e faço aquilo que acho que tenho que fazer”.

“Eu não posso afirmar com rigor que o fato de não estarmos a pressionar como queria é uma questão física. Agora, que taticamente não estávamos a fazer o que pretendia, não estávamos. Tive que mexer em jogadores que achava que tinha que mexer, eu sou o treinador, eu que analiso, meu estafe, e, quando temos que tomar decisões, tomamos. Não quero penalizar ninguém, que o Renato e o Róger são responsáveis pela falta disso ou daquilo, não é isso”.

Erros de arbitragem

“Os erros de arbitragem não são só aqui no Brasil, mas que são erros que podem decidir uma final. O que eu estranho mais é um VAR não ter dúvida nenhuma, não chama o árbitro para analisar a situação. Na minha é (pênalti) e de muita gente também. Mas não foi marcado, foi pênalti”.

O que fazer no Maracanã

“Vamos ter que ser competitivos no Maracanã e ganhar a Copa lá, irmos com a intenção de ganhar a Copa. Vamos corrigir um ou outro aspecto, mas é isso. É uma equipe que precisa ser pressionada, porque, senão, perde o respeito, começa a jogar, tricotar e empurra para trás. Têm que ser pressionados, temos que ter mais bola, porque há espaços para jogar, pelo próprio sistema que eles jogam, temos que explorar melhor isso. Fundamentalmente é isso. Eles tiveram uma ou outra oportunidade, nós também. Para mim, foi um jogo equilibrado”.

Jogo das quartas da Libertadores no Maracanã

“O que eu me lembro é que fizemos uma primeira parte equilibrada, eles tiveram um pontapé de bicicleta do Pedro, depois um cabeceio do Everton Ribeiro. Foram as únicas situações que eles tiveram. Na segunda parte, no momento em que estávamos melhor no jogo, o Adson teve a possibilidade de fazer 1 a 0, numa transição, eles acabaram por fazer um gol. Tivemos uma expulsão e o jogo ficou desequilibrado, é claro. Mas evitar expulsões, evitar transições deles, contra-ataques, e ter mais a bola, tentar fazer mais gols”.

Consistência defensiva

“Não acredito que se chegue a uma final da Copa do Brasil sem ser uma equipe equilibrada. Não fomos competitivos contra o Atlético-GO, por exemplo. Só uma equipe consistente defensivamente chega à final, mas também atacando. Nós, neste momento, não vamos ao Maracanã só para nos defendermos, como foi na Bombonera, esse momento do Corinthians não é igual. Estrategicamente, lá, com dez lesionados, tivemos que sobreviver ao jogo. Nós vamos lá para discutir o jogo e para tentar ganhar a Copa”.

Avaliação do trabalho

“Eu acho que nós estamos em uma fase diferente, relativamente ao jogo, e o resultado também foi diferente. Nós tivemos grandes dificuldades e hoje vi momentos alternados, às vezes eles correndo atrás da bola. Foi um jogo bem discutido, conseguimos ligar corredores, fazer inversões, finalizar, e outros momentos em que não fomos pressionantes e permitimos que eles fizessem o jogo deles, que tem jogadores com muita qualidade técnica. Temos que ser consistentes, tentar não permitir oportunidades de gol e tentar fazer gols para ganharmos”.

Momentos de baixa no jogo

“Eu não gosto de ver minha equipe sem bola, fico um pouco inquieto quando vejo o adversário a circular, depois de fazer passes entrelinhas, ter tempo para decidir, sem pressão… Eu não sou adepto desse tipo de jogo, gosto que minha equipe pressione, vá encurtando as linhas, agora, há adversários que nos obrigam a não ser aquilo que eu quero, e o Flamengo fez isso em determinadas alturas do jogo, algumas vezes por incapacidade nossa também”.

Jogo contra o Goiás

“Terei que priorizar a Copa e provavelmente jogar com jogadores mais frescos no próximo jogo, para preparamos para o jogo lá mais inteiros, mais vivos e mais fortes para conseguir pressionar como eu gosto”.

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