Ponto alto de 2022, entenda acordo entre Corinthians e Caixa pela Arena - Gazeta Esportiva
Ponto alto de 2022, entenda acordo entre Corinthians e Caixa pela Arena

Ponto alto de 2022, entenda acordo entre Corinthians e Caixa pela Arena

Gazeta Esportiva

Por Redação

26/12/2022 às 08:00

São Paulo, SP

Um ponto alto do 2022 do Corinthians foi o acordo envolvendo o clube e a Caixa Econômica Federal, em julho, para a renegociação das obrigações relativas ao financiamento para a construção da Neo Química Arena, em São Paulo, que foi concluída em 2014.

De quanto era a dívida?


O clube contraiu uma dívida com a Caixa Econômica por meio do fundo Arena Itaquera S/A, que administra a Neo Química Arena, para a construção do estádio, em 2013, no valor de R$ 400 milhões.

É importante mencionar que, inicialmente, essa operação aconteceria pelo Banco do Brasil, mas, depois, foi decidido que o empréstimo seria do Banco Nacional do Desenvolvimento Social (BNDES), intermediado pela Caixa. Na época, havia o programa ProCopa Arenas, com condições especiais devido à Copa de 2014.

A Construtora Odebrecht cobrou R$ 985 milhões para construir a casa corintiana. Uma parte foi quitada com o financiamento da Caixa e a outra com a venda de Certificados de Incentivo ao Desenvolvimento (CIDs).

Valor atualizado


Segundo apurado pela Gazeta Esportiva na época, o valor total da dívida com a Caixa Econômica Federal, atualizada até janeiro de 2022, foi fixado em R$ 611 milhões. Esse valor continuará sofrendo correção anual pelo Certificado de Depósito Interbancário (CDI) até o primeiro pagamento, em março de 2023.

Diante disso, o Corinthians  vinha tentando acordos para, entre outros pontos, ampliar a carência do pagamento do financiamento. Sim, o maior "vilão" da história são os juros.

Quanto o clube já pagou?


Até o ano de 2017, o Corinthians havia pago o montante de R$ 167 milhões, conforme confirmado pelo diretor financeiro do clube, Wesley Melo. Depois disso, por conta da crise mundial financeira, o Alvinegro deixou de honrar os pagamentos.

Na ocasião, em entrevista à reportagem, o profissional afirmou que novas garantias foram dadas para que o novo acordo fosse firmado, como percentual de venda de jogadores e de receita dos direitos de transmissão de TV.



Novo acordo em julho


Neste novo acordo, ambos os lados cederam, com a Caixa aumentando prazos e sendo mais flexível, e o clube oferecendo novas garantidas, como as já mencionadas acima. O prazo final para quitar o financiamento é 2041, ou 216 meses (antes era de 180 meses).

Os pagamentos dos juros em cima dos R$ 611 milhões acontecerão a partir de 2023, indo até 2024 (antes, seria no final de 2022), enquanto a amortização principal, com parcelas trimestrais, acontecerá a partir de 2025.

Importância dos naming rights


100% da venda dos naming rights da Arena para a Hypera Pharma, em 2020, foram para pagar a Caixa, ou seja, o dinheiro nem sequer transita pelo clube. Diante disso, essa negociação foi de suma importância para a quitação do empréstimo.

Na época, os naming rights foram vendidos por R$ 300 milhões, mas o valor final será maior, pois o saldo que o clube tem a receber é também corrigido anualmente, pelo Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M). Em 2022, ele é estimado em R$ 400 milhões.

Comemoração


Quem comemorou a assinatura do acordo foi Duílio Monteiro Alves. O dirigente se disse orgulhoso pelo passo e elogiou o ritmo adotado pelo clube ao longo da negociação com o banco. Além disso, dividiu os méritos com Andrés Sanchez, colega de chapa e ex-presidente do Corinthians, responsável pelo início do processo.

"Assinamos! No ritmo que a negociação exigiu desde o dia 1. Com orgulho, damos este passo e agradeço a todos os envolvidos. Divido essa vitória com o presidente Andrés Sanchez que iniciou esse processo, o Conselho e todos que torceram por nosso final feliz com a Caixa. Vai Corinthians", publicou o presidente em suas redes sociais no dia da assinatura.



 

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