Origem no futsal, inspiração em Fagner e mais: conheça Léo Mana, destaque do Corinthians sub-20 - Gazeta Esportiva
Origem no futsal, inspiração em Fagner e mais: conheça Léo Mana, destaque do Corinthians sub-20

Origem no futsal, inspiração em Fagner e mais: conheça Léo Mana, destaque do Corinthians sub-20

Gazeta Esportiva

Por Iúri Medeiros

23/06/2023 às 05:00

São Paulo, SP

A lateral direita não é um problema para o Corinthians sub-20. Léo Mana é um dos nomes mais consolidados na categoria e, em breve, pode se fixar no profissional do Timão. No clube desde os sete anos, o jogador entende bem o que é defender essa camisa e, em entrevista exclusiva à Gazeta Esportiva, falou mais sobre sua trajetória, suas características em campo e a expectativa de compor o time de cima.

Mana começou precocemente no futebol, mais especificamente no futsal. Assim, chamou atenção de um olheiro do Corinthians e logo cedo começou a trilhar seu caminho no mundo da bola.

"Comecei a jogar bola desde novinho, desde os quatro, cinco anos, até antes. Jogava na escola, no sub-7, e um cara do Corinthians arrumou um teste para mim no futsal. Fiz o teste, lembro que foi feito em duas semanas, aí eram dois dias de treino em cada semana, ou seja, quatro treinos. Inicialmente estava com vergonha, meio devagar, achei que nem ia passar. Era pivô na época. Mas no último treino fiz cinco gols e acabei passando. Fiquei no salão dos sete anos aos 13 e aos 10 começou o campo. Com 13 anos deixei o futsal e fiquei só no campo, e estou aqui até hoje. São 12 anos de Corinthians", comentou Mana.

O jovem de 19 anos destacou sua capacidade ofensiva, de jogo curto e de ataque ao espaço. Perguntado sobre suas inspirações no futebol, o atleta não hesitou em citar Cafu, pentacampeão mundial e Fagner, um dos nomes mais consolidados na história recente do Corinthians.




"Acho que sou um cara que tem grande velocidade, de atacar espaço. Tenho bom jogo por dentro, gosto de me associar, um jogo curto. Quem eu mais vi, até em vídeos no Youtube, foi o Cafu. Gosto muito dele, do jeito que ele jogava. E o Fagner, que é quem eu mais tenho contato, até quando treino no profissional. Acho que esses dois são quem eu mais me inspiro", disse.

Apesar de ser um lateral nitidamente ofensivo, Mana vem evoluindo a parte defensiva. Com a melhora do seu lado físico, o jogador consegue entregar nas duas áreas do campo, algo fundamental para sua posição.

"Isso vai muito da parte física, evoluí bem nesse sentido, aguentando mais o tranco. E também trabalhei isso, via que era algo que precisava evoluir, era um lateral muito ofensivo e às vezes tinham uns lances lá atrás que eu deixava a desejar. Foquei nisso nos treinos, nos trabalhos à parte e acho que hoje consegui igualar bem a parte defensiva com a ofensiva. Acho que sou tão bom defensivamente como ofensivamente", argumentou.

Segundo o jogador, 2023 é seu melhor ano pela base do Timão. Os números ajudam a comprovar essa tese: Mana possui 11 assistências em 15 jogos disputados, sendo influente em diferentes fases das partidas.

O bom desempenho do jogador na base não passa despercebido no profissional. Desde a temporada passada, com Vítor Pereira, o garoto é chamado em algumas oportunidades para completar treinos no time de cima. Mana inclusive já estreou pelo profissional, na derrota do Corinthians por 1 a 0 para o América-MG, no Campeonato Brasileiro de 2022.




"É sempre uma oportunidade que todos que estão na base esperam, né. De estar lá (no profissional), treinar com os caras, ir para jogo. A gente tenta sempre dar nosso máximo lá, às vezes dá um frio na barriga, mas isso é normal, com o tempo vai passando. A gente dá nosso máximo para quando for lá, ficar", afirmou.

"A sensação da estreia (contra o América-MG) foi maravilhosa. No dia do jogo, quando teve a preleção e fiquei sabendo, comecei a me preparar, deu um firo na barriga. Fiquei pensando: ‘mano, é hoje’. Até chegar no estádio, estava muito nervoso, mas sabia que ia desempenhar bem meu papel. Quando entrei no aquecimento, me soltei. Do aquecimento em diante, foi de boa. Quando começou o jogo, nem senti, foi normal. Mas é uma sensação inexplicável, sonho realizado", revelou.

O momento do profissional do Corinthians é favorável para alguém como Mana, apesar do time ter dificuldade em conseguir resultados. Vários jovens do sub-20 estão sendo integrados pelo técnico Vanderlei Luxemburgo, que tem por característica lançar garotos ao longo da carreira. O lateral garante que "estará pronto" quando o time de cima precisar dele.

"A sensação (de ansiedade) bate, até pela idade. Tenho esse ano e mais um, os anos vão passando, a gente vai tendo oportunidade. Vai batendo essa ansiedade, mas continuo fazendo meu trabalho aqui bem feito para quando chegar lá (profissional), aproveitar muito bem a oportunidade e ficar, que nem os garotos fizeram", comentou Mana, que atuou com nomes como Guilherme Biro, Pedro, Wesley e Felipe Augusto na base do Alvinegro.

"Luxemburgo é um grande treinador, com uma história gigante, muitos títulos, clubes gigantes treinados. Só dele estar aqui, a expectativa já aumenta. Sabemos que ele oportuniza muito a gente que vem da base. Estou feliz, preparado e quando ele precisar de mim, pode ter certeza que estarei pronto", adicionou.

Desde pequeno no clube, Mana não esconde sua identificação com o Corinthians. O jogador deixa claro o quanto admira a Fiel Torcida, que faz questão de acompanhar e prestigiar os jovens chamados de Filhos do Terrão.

"Jogar no Corinthians é uma sensação inexplicável, é o maior clube do Brasil, não tem o que falar. A torcida está sempre apoiando, juntos. É uma pressão a mais, mas estamos acostumados. Esse apoio é muito bom, ficamos felizes. A sensação de jogar no Corinthians é maravilhosa", finalizou.




Agora, o foco do Mana está na preparação para a segunda fase do Campeonato Paulista sub-20, que tem início previsto para o próximo sábado. O elenco do Timãozinho também tem pela frente o Grêmio, pelas quartas de final do Brasileirão da categoria, no final de julho.

Veja outros trechos da entrevista com Léo Mana:


Trabalhar com Danilo

"Falando a real, no começo não caía nem a ficha que era ele. A gente olhava no campo e não caía a ficha. O cara tem dois Mundiais… É uma sensação muito boa, até no dia a dia. Por ter sido o jogador do nível que foi, ele dá muitas dicas para gente, ajuda bastante tecnicamente. E no jogo você vê como as dicas dele são importantes. Sensação única".

Essa é sua melhor temporada pelo Corinthians?

"Tem duas temporadas que eu destaco. Essa é a minha melhor, tanto em números, como em desempenho, principalmente defensivamente, que eu precisava evoluir. A outra temporada foi quando subi para o sub-20, que eu estava no sub-17, tive bastante assistências também naquela ocasião".

Expectativas para a temporada do sub-20

"Até pela temporada passada, as expectativas são muito grandes. A gente chegou em duas finais (Brasileiro e Paulista), esse ano temos certeza que vamos sair com um título, estamos trabalhando para isso. Temos três competições, quatro com a Copinha, torneios importantes, como Paulista, Brasileiro e Copa do Brasil. A gente visa títulos, queremos chegar em todas as competições. Do jeito que estamos trabalhando, vamos chegar".

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