"Sou um jogador velocista, gosto de jogar pela esquerda, vindo para dentro. Acho que o gol vai vir naturalmente. Vou me cobrar muito para estar pisando na área, fazer gol e ajudar a equipe do Corinthians", disse o atleta.
"Respeito todos os atacantes que estão aqui, mas eu vim procurar o meu espaço, quero ajudar e colocar dúvida na cabeça do Mancini. Quero ajudar da melhor forma possível, como o torcedor quer mesmo, se não der na técnica, vai na raça. Corinthians é isso, deixar a vida dentro de campo. A qualidade, no Corinthians, vem em segundo plano", completou.
Anunciado oficialmente na segunda-feira, Cafú já está regularizado no Boletim Informativo Diário (BID) da CBF e poderá estrear pelo Corinthians no sábado, contra o Atlético-MG, na Neo Química Arena, pelo Brasileirão. O atacante, no entanto, não atua desde setembro e afirmou que precisa retomar o ritmo de jogo.
"Não podemos colocar os pés pelas mãos. A gente tem que trabalhar, evoluir a cada dia, passar pela comissão técnica e pelo Mancini para ver se estaremos aptos para estar em um grande nível. Vamos esperar, dar tempo ao tempo, para estar no melhor nível possível", explicou.
Mesmo co passagens por Ponte Preta, São Paulo e Bordeaux, da França, Cafú chega com certa desconfiança por parte da torcida. Nas últimas três temporadas, o atacante marcou apenas seis gols em 47 jogos. Segundo o jogador, a única forma de mudar a opinião do torcedores é dentro de campo.
"Vou responder jogando, dentro das quatro linhas. Não tem maior resposta para dar do que jogando bola e fazendo gols. É isso que vai mudar a opinião deles sobre mim", disse.
"Para vestir a camisa do Corinthians, tem que ser grande jogador. Creio que todo mundo que está aqui tem condições de vestir a camisa. Estou chegando para ajudar, estar em forma o mais rápido possível e estar à disposição do Mancini. A cobrança, quando você vem para uma grande equipe como o Corinthians, vai existir. Isso que faz o Corinthians ser grande, por pressão, por causa da torcida", completou.
Antes de ser contratado pelo Timão, Jonathan Cafú estava no Al-Hazm, da Arábia Saudita, por empréstimo junto ao Bordeaux. Apesar da grave crise financeira que o Alvinegro atravessa no atual momento, o atacante relatou que abriu mão de metade do salário que recebia no antigo clube.
"Para vir para o Corinthians, eu abri mão de metade do meu salário. É uma grande equipe. Sobre o salário atrasado, estou chegando agora e não posso dar uma posição, isso é com a diretoria. Estou aqui para jogar meu futebol e mostrar meu trabalho para a nação corintiana. Extra-campo não vai acrescentar em nada para mim", afirmou.
Por fim, Cafú falou sobre as funções que pode exercer no setor ofensivo do Corinthians. Mesmo dizendo que prefere atuar pela ponta esquerda, o atacante relatou que ainda não conversou com o técnico Vagner Mancini sobre seu encaixe na equipe.
"Posso ser sim (esse jogador de profundidade). Me buscaram na Arábia Saudita para ser esse jogador. O Mancini pode contar comigo, só quero mostrar o meu potencial e o meu trabalho, dar alegrias para a torcida", destacou.
"O Mancini chegou na segunda-feira, fizemos só dois treinos. Não deu tempo para a gente sentar e conversar de que maneira que ele vai me utilizar. Mas vou estar à disposição, estou aqui para ajudar o Corinthians e o Mancini para brigarmos no lado de cima da tabela", concluiu.
