Corinthians foca em técnicos estrangeiros e mantém "pacto"; veja quem está descartado - Gazeta Esportiva
Corinthians foca em técnicos estrangeiros e mantém "pacto"; veja quem está descartado

Corinthians foca em técnicos estrangeiros e mantém "pacto"; veja quem está descartado

Gazeta Esportiva

Por Tiago Salazar

07/02/2022 às 14:28 • Atualizado: 07/02/2022 às 15:03

São Paulo, SP

A diretoria do Corinthians não tem se animado com nenhum nome do mercado interno para suprir a saída de Sylvinho. A cúpula alvinegra está concentrando esforços e estudos em opções do exterior.

Ainda não há um alvo definido.

O presidente Duilio Monteiro Alves tem sido criterioso para entender como trabalham alguns dos treinadores que estão sob discussão e também as possibilidades financeiras de cada um.

A intenção é buscar o máximo de informações possíveis em um curto espaço de tempo antes de colocar uma proposta na mesa. O Corinthians tem pressa, mas não quer "errar o tiro".

O que está praticamente decidido é que o próximo técnico do Timão não será um profissional brasileiro. Apesar do dinamismo do futebol, sempre ponderado, é remota a chance desse cenário mudar.



 

Brasileiros descartados
Renato Gaúcho, que chegou a ser "plano A" desta mesma diretoria, não fechou negócio em maio e, logo em seguida, acertou com o Flamengo, de onde saiu bastante criticado. O desempenho no último trabalho e a mágoa guardada fizeram os cartolas do Parque São Jorge perderem o encanto por Renato.

Cuca, além de deixar os clubes abruptamente, como fez com Atlético-MG e Santos, recentemente, foi condenado a atentado ao pudor com uso de violência na Suíça, em 1987. O Corinthians não está disposto a comprar uma briga com parte da torcida por essa contratação.

Mano Menezes, antes mesmo da chegada de Sylvinho, já havia sido descartado por Duilio, que procura um "estilo de trabalho diferente". O treinador gaúcho também não é bem avaliado pelo diretor de futebol Roberto de Andrade.

"Queríamos o Tite. Não dá. Então, temos de olhar para fora também", comentou um dirigente à Gazeta Esportiva.

Bem cotados
Técnicos portugueses são os favoritos, nesse momento, devido à experiência no futebol europeu aliado ao idioma semelhante ao dos brasileiros.

Jorge Jesus foi o primeiro a ser analisado, mas os valores pretendidos e a vontade do técnico em voltar a trabalhar só a partir de maio praticamente tiraram o ex-comandante do Flamengo da lista alvinegra. Se assumir um novo clube antes de maio, Jesus perderá o salário que tem garantido do Benfica nesse período.

Paulo Fonseca, de 48 anos, ex-comanante da Roma e do Shakhtar Donetsk, e Vitor Pereira, de 53 anos, ex-técnico de Porto, Olympiacos e Fenerbahçe, são duas opções que estão livres no mercado e que foram oferecidas. Ambos estão sendo avaliados pela cúpula corintiana, mas não são os únicos.

O Corinthians procura um perfil de técnico estudioso, atualizado, com experiências importantes no futebol para assumir o elenco sem parecer uma "aposta" ou alguém apenas "promissor".




Estrangeiros que não agradam
Diego Aguirre, apesar de ser estrangeiro, de conhecer bem o futebol brasileiro e de já ter sido qualificado como "a cara do Corinthians", está fora de cogitação.

Durante as negociações que aconteceram em 2021, o uruguaio não facilitou, e o clube não aprovou a maneira como as conversas foram conduzidas. Duilio, por exemplo, soube primeiro pela imprensa que Aguirre não aceitaria a proposta por não abrir mão das condições financeiras pretendidas.

Hérnan Crespo, que há pouco tempo deixou o São Paulo, não interessa, pelo menos por enquanto.

Crespo é interpretado no Corinthians como um técnico ainda em formação, que talvez apresente algumas das dificuldades já vividas pelo time com Sylvinho.

Pacto interno
Como a Gazeta Esportiva revelou na última sexta-feira, houve uma espécie de "pacto" dentro do clube, por ordem de Duilio.

O presidente do Corinthians quer o máximo de discrição. A intenção é que nenhum nome ou intenção vaze à imprensa. Tudo para evitar especulações, decepções, ansiedade e ainda mais pressão externa.

O entendimento interno é de que as negociações com Renato Gaúcho, Diego Aguirre e a busca por um centroavante, o que envolveu os nomes de Cavani, Suárez e Diego Costa, devem ser tiradas como lição de como não proceder.

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