“Os doutores que trabalham na Premier League estão sujeitos aos mesmos princípios éticos e profissionais que qualquer outro doutor que pratique a função no Reino Unido. (...) Manter os deveres para com os pacientes é fundamental para nós, mesmo que o paciente seja um atleta do Campeonato Inglês”, comentou o Grupo de Doutores da Premier League.
“O Grupo de Doutores da Premier League considera que a remoção da Dra. Eva Carneiro do banco de reservas do Chelsea é uma injustiça extrema. Na partida em questão, a equipe médica do Chelsea foi claramente convocada para o campo pela arbitragem para que o jogador (Hazard) fosse atendido. Uma recusa em correr para o gramado teria resultado na quebra dos deveres de um médico para com seu paciente”, prosseguiu a comissão.
“É uma preocupação imensa que a Dra. Carneiro tenha sido sujeita a um escrutínio da mídia tão sem precedentes como esse. Uma mudança na sua função é absurda, ela apenas obedeceu ao código de conduta profissional e realizou seu trabalho apropriadamente, A Dra. Carneiro tem o total e universal apoio de seus colegas do Grupo de Doutores da Premier League”, afirmou o grupo.
“Para nós, é motivo de grande preocupação que o ocorrido crie um precedente perigoso, demonstrando que o cuidado médico dos jogadores fica apenas em segundo plano no esporte”, finalizou. Entretanto, Eva Carneiro não conta com o apoio de todos os seus colegas de profissão. Ex-médico do Chelsea, Ralph Rogers criticou o comportamento da profissional.
“O que ela está tentando conseguir aqui? Ser melhor e maior do que o próprio treinador? Ela nunca vai vencer essa disputa, e nem deveria. Ao agradecer pelo apoio recebido no Facebook, ela colocou gasolina na situação”, justificou Rogers, usando o mesmo argumento de Mourinho. “Para ser honesto, é mesmo necessário entender o esporte. Ele está certo”, finalizou o ex-médico.
