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Tite revela que queria enfrentar a Argentina antes da Copa e diz que Neymar está motivado: “Jogando em alta performance”

Foto: Divulgação/CBF

A pouco menos de três meses para a estreia na Copa do Mundo, Tite e sua comissão técnica estão 100% focados nos preparativos da Seleção Brasileira para a disputa da competição no Catar. Na próxima semana, o treinador fará a convocação para os dois últimos amistosos contra Gana e Tunísia, na Europa – provavelmente em Paris e em Londres -, no final de setembro. Será a última chance de observação de jogadores para definir a pré-lista de 55 nomes, a ser mandada para a Fifa até 20 de outubro, que depois, até 10 de novembro, vai virar a relação final com 26 atletas.

Tite quer aproveitar bastante os jogos contra as seleções africanas, já que o Brasil terá Camarões pela frente na fase de grupos da Copa. Mas a sua ideia para fechar a preparação para o Mundial era encarar uma velha rival: a Argentina. “Não foi planejado inicialmente (encarar Gana e Tunísia). Eu particularmente queria enfrentar a Argentina. Mas teve componentes políticos, de Fifa, de nacionalidades, que fizeram com que o jogo não acontecesse. Tentamos a Inglaterra, mas também não foi possível”, revelou o treinador sobre as possibilidades tentadas.

Foto: Divulgação/CBF

Sobre o time, mais especificamente o setor ofensivo, Tite falou sobre Neymar, em boa fase no Paris Saint-Germain, e Gabriel Jesus, em uma crescente após trocar o Manchester City pelo Arsenal. Os dois estiveram com o treinador na Copa do Mundo de 2018, na Rússia, e agora, quatro anos depois, estão melhores na sua opinião.

“Falar de uma situação passada, ela é injusta agora. Não respondi sobre situações do passado porque elas são do passado. O que a gente quer fazer agora é estabelecer o real. A troca dele (Gabriel Jesus) foi benéfica. Ele vinha jogando (no City) não tanto de 9, entrando frequentemente pelos lados e não tanto de frente (para o gol). Agora ele está jogando sistematicamente e isso para o jogador é muito bom. Dando confiança para ele e agora a gente tem condições de avaliar o seu melhor desempenho. Pra ele foi benéfica essa situação”, explicou Tite, que na sequência discorreu sobre o craque do Paris Saint-Germain.

“Em relação ao Neymar, o que posso te falar é, te informar. O Ricardo Rosa, preparador físico pessoal dele, que trabalhou comigo no Corinthians e no mundo árabe. (Neymar) Já trabalhou no período de férias. Voltou jogando em alta performance como todos estão assistindo. O que estamos fazendo é incentivando todos os jogadores a manterem esse nível alto tanto na parte física como na parte técnica”, prosseguiu o treinador.

“O Neymar é 10, tem uma liberdade criativa, sim. Ele não vai mais jogar de ponta, isso é uma situação passada de Barcelona e também de seleção. Quando ele vai para o PSG, já vai para uma posição mais central. É um jogador que cria, que chega na frente. Um jogador que ampliou as ferramentas. É possível fazer uma analogia. É a mesma coisa que um carro com os acessórios. Neymar tem muitos acessórios no carro para ficar só pelos lados. Ele tem uma capacidade criativa, tem antevisão do lance, boa finalização”, completou.

Foto: Franck Fife/AFP

Tite comentou ainda sobre seu futuro após a Copa do Mundo. Depois de seis anos e meio à frente da Seleção Brasileira, vai descansar e dar chance a um novo treinador.

“Ano sabático é um termo bonito, né? Mas eu vou descansar um pouquinho. Vou ficar um pouco com a família. Vou ficar com a Rose (esposa). Mas segundo o meu filho (Matheus Bacchi, auxiliar na Seleção), ela vai ficar comigo uns dois meses e aí vai me expulsar do apartamento (risos). Mas vou dar um tempo mesmo. No Brasil tem que ter o cuidado de ter um projeto. Há hoje uma grande contribuição com os técnicos estrangeiros no Brasil. Mas fica a mensagem: deem tempo para os profissionais trabalharem, independente da nacionalidade”, disse.

“Gostaria que fosse um brasileiro (próximo técnico da Seleção). Isso é apenas um gosto. Existem grandes profissionais de fora e aqui do Brasil e não me permito fazer qualquer declaração. Eu não indico. Foi assim no Corinthians, foi assim no Grêmio, no Internacional. Quero ficar bem comigo mesmo”, finalizou.

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