Bayern de Munique critica Superliga e diretor do clube substitui presidente da Juventus na Uefa
Por AFP
20/04/2021 às 16:09 • Atualizado: 20/04/2021 às 18:39
São Paulo, SP
Rummenigge deixou claro que o clube alemão não iria ingressar na Superliga, criada por 12 clubes dissidentes (Manchester City, Manchester United, Liverpool, Arsenal, Chelsea, Tottenham, Barcelona, Real Madrid, Atlético de Madri, Juventus, Milan e Inter de Milão).
"Em nome do conselho de administração, gostaria de deixar claro que o Bayern de Munique não participará da Superliga", afirmou Rummenigge através de nota.
O ex-jogador de 65 anos foi eleito para a nova função na terça-feira durante o congresso da Uefa em Montreux, na Suíça.
Rummenigge, cujo mandato durará três anos, substitui Agnelli, que deixou o cargo de presidente da ECA e se tornou vice-presidente da polêmica nova Superliga.
O presidente do Bayern, Herbert Hainer, também rejeitou a proposta de uma competição independente.
"Nossos parceiros e torcedores rejeitam uma Superliga", disse Hainer.
"Como Bayern de Munique, é nosso desejo e objetivo que os clubes europeus vivenciem a competição maravilhosa e emocionante que é a Liga dos Campeões e a desenvolvam junto com a Uefa. O Bayern diz 'não' à Superliga", concluiu.
O presidente da Uefa, Aleksander Ceferin, foi rápido em elogiar Rummenigge como um dos "verdadeiros amantes do futebol", enquanto o órgão dirigente do futebol europeu é contra a nova competição independente. Ceferin vê um aliado importante em Rummenigge.
O Bayern de Munique, vencedor da última edição da Liga dos Campeões é o clube europeu mais importante que ainda não aderiu à Superliga.
"O Bayern é solidário com a Bundesliga", acrescentou Rummenigge.
"Sempre foi e é um grande prazer para nós podermos jogar e representar a Alemanha na Liga dos Campeões. Para o Bayern, a Liga dos Campeões é a melhor competição de clubes do mundo", concluiu.
Outros executivos de clubes da Bundesliga se manifestaram, como do RB Leipzig, Bayer Leverkusen e Borussia Dortmund. Para Fernando Carro, CEO do Bayer Leverkusen, "o crescimento dos interesses econômicos sobre o negócio do futebol é legítimo, mas, ao mesmo tempo, é crucial que sejam protegidas as raízes do esporte e uma ideia de competição aberta a todos que conhecemos".
A Federação de futebol da Alemanha se posicionou contra a Superliga, em comunicado oficial:
"A DFL é contra qualquer conceito de Superliga na Europa. Os interesses econômicos de poucos clubes de elite na Inglaterra, Espanha e Itália não podem nos conduzir a demolir com a estrutura do futebol europeu como consequência.
Seria uma ação irresponsável criar um dano irreparável nas ligas nacionais, a base do futebol europeu profissional. Eu apoio totalmente o comunicado da UEFA com as associações nacionais e as ligas da Inglaterra, Itália e Espanha."