Melhor brasileira na 92ª Corrida de São Silvestre, a fundista Tatiele de Carvalho se mostrou muito contente com resultado obtido na disputa deste sábado. Apesar de lamentar que o calor acabou influenciando na reta final da prova, a atleta exaltou a sétima colocação.
"Estava muito quente. Queríamos um tempo menor, mas devido às condições climáticas senti um pouco, principalmente do quilômetro 8 ao 12. Mas consegui segurar a classificação e estou muito feliz, independentemente do resultado", afirmou a brasileira.
Tatiele de Carvalho também exaltou o fato de ser a melhor brasileira nesta edição da São Silvestre. "Para mim foi uma grande vitória. Sabia que seria um dos anos mais difíceis da prova. Graças a Deus treinei bastante, corri nos Jogos Olímpicos e já ganhei uma bagagem para fazer uma boa preparação para a São Silvestre. Trabalhei para subir no pódio, mas infelizmente hoje não deu. Mas só de ser a primeira brasileira é uma vitória para mim, porque a gente sabe quantas meninas boas tem no país. Graças a Deus pude representar o meu Brasil e meus patrocinadores com um bom resultado", enalteceu.
A atleta revelou ter se surpreendido com o nível alto da São Silvestre neste ano de 2016. Nesta edição, a queniana Jemima Sumgong venceu com tempo de 48min35s, um novo recorde para a prova. Para se ter uma ideia, a brasileira, que encerrou a disputa em 54min01s, teria ficado apenas um segundo atrás da campeã do ano passado, a etíope Ymer Wude Ayalew, que venceu em 2015 em 54min0s.
"Este ano acredito que tenha sido um dos anos mais fortes da São Silvestre. Eu esperava que seria um pouco mais fraco, que as meninas poupariam um pouco. Mas elas foram fortes desde o primeiro quilômetro e eu tentei seguir o mesmo ritmo. Ser a primeira brasileira em uma disputa tão acirrada foi maravilhoso. As meninas são fantásticas, inspirações, e eu vou continuar trabalhando para tentar alcançar o lugar mais alto no pódio", declarou.
Por último, Tatiele de Carvalho falou sobre os planos para o futuro e revelou ter como principal meta para 2017 a disputa do Mundial de Atletismo de Londres. "Nosso trabalho será voltado para Tóquio 2020, mas ano que vem tem Londres 2017. Vamos brigar novamente para tentar o índice nos 5000m e 10000m e representar o Brasil da melhor forma. O Mundial individual é a única prova que ainda não tenho em meu currículo e vou trabalhar duro para chegar lá", completou.
