Giovani dos Santos enfrentou a maior decepção de sua carreira em 2016 – com uma lesão muscular na coxa descoberta durante o Troféu Brasil de Atletismo, o fundista acabou impedido de entrar na disputa pelo índice olímpico na prova dos 10.00m e acabou fora dos Jogos do Rio de Janeiro. O mineiro de Natércia, no entanto, já está emocionalmente recuperado.
“Depois que coloquei a cabeça no travesseiro, pensei que o que tem que acontecer acontece. Agora, só tenho energias positivas. Vencer a São Silvestre será melhor do que estar nas Olimpíadas”, garantiu Giovani, com um sorriso que, de tão largo, comprovava a veracidade da sua empolgação para a prova paulistana de 31 de dezembro.
Em outros momentos de 2016, a frustração olímpica não atrapalhou o atleta de 35 anos, que aprendeu uma lição a partir de sua contusão. “Às vezes, você vai além do seu limite nos treinos e acaba se machucando. Foi o que aconteceu comigo. Mas é preciso passar por cima. Já deu. Corri sete competições depois disso, com dois vice-campeonatos e cinco vitórias”, orgulhou-se Giovani, que tem a Meia Maratona do Rio de Janeiro e a Volta Internacional da Pampulha como títulos de destaque entre os conquistados no ano. “Estou feliz. Agora, vou coroar a temporada com o lugar mais alto do pódio da São Silvestre”, sonhou.
Giovani dos Santos já esteve em lugares inferiores do pódio da mais tradicional prova de rua do Brasil em outras cinco oportunidades. Em 2016, os seus maiores obstáculos para tentar quebrar a hegemonia africana na São Silvestre deverão ser o etíope Dawit Admasu, vencedor da corrida em 2014, e o queniano William Kibor, que ganhou a Meia Maratona de Las Vegas neste ano.
“Mas estou mais bem preparado do que no ano passado. Não vou falar o que fiz de diferente, mas posso assegurar que me sinto mais focado. Neste ano, farei uma grande prova. Espero que finalmente o lugar mais alto do pódio seja meu no sábado”, ambicionou Giovani.
