Brasileira "esquece" Olimpíadas do Rio pela São Silvestre - Gazeta Esportiva
Brasileira "esquece" Olimpíadas do Rio pela São Silvestre

Brasileira "esquece" Olimpíadas do Rio pela São Silvestre

Gazeta Esportiva

Por André Sender e Tomás Rosolino

30/12/2015 às 18:02

São Paulo, SP

Sueli Pereira da Silva acredita ter totais condições de competir com as quenianas na São Silvestre (Foto: Djalma Vassão/Gazeta Press)
Sueli Pereira da Silva acredita ter totais condições de competir com as quenianas na São Silvestre (Foto: Djalma Vassão/Gazeta Press)


A experiente brasileira Sueli Pereira da Silva, de 38 anos, tem na maratona a sua principal prova como atleta profissional, sendo a dona do quarto melhor tempo do país e nome forte na briga para se classificar às Olimpíadas do ano que vem. Ainda assim, ela "abandonou" a preparação para os Jogos do Rio em 2016 em busca de uma boa colocação na 91ª edição da São Silvestre, nesta quinta.

"Deixei um pouco de lado as Olimpíadas mesmo", afirmou a nona colocada do ano passado, que passou os últimos dois meses treinando na Colômbia visando à melhor adaptação para o percurso de 15km da prova paulistana. "Só agora depois da São Silvestre vou descansar uma semana e, depois, procurar melhorar minha marca da maratona", ressaltou.

Quinta colocada na Volta da Pampulha, disputada em Belo Horizonte, no início do mês, ela afirma que tem tudo para melhorar essa posição em São Paulo. "Na Pampulha eu cheguei cinco dias antes só e não corri bem, não. Antes eu estava correndo melhor. Meu tempo não foi muito bom", avaliou. "Na São Silvestre dá para correr em uns 51, 52 minutos", assegurou.

Para efeito de comparação, caso consiga atingir sua meta, Sueli melhoraria em pelo menos um minuto os 53min36s conquistados na edição de 2014, quando ficou na nona colocação e foi a segunda brasileira da prova. "Confio que dá para conseguir porque saí da Colômbia e fui direto para a Pampulha correr, me senti um pouco inchada. Mas agora, com o treinamento que eu fiz, deu para dar uma melhorada", comentou.

Acostumada a projetar os mais de 42km da maratona em suas atividades diárias, ela reconhece não ter tanta velocidade quanto as quenianas e algumas outras brasileiras, especialistas em provas de 5.000 e 10.000m. Para compensar isso, disse ser fã de provas como a paulistana, que misturam subidas e descidas em vez de algumas que são disputadas apenas em percursos planos.

"Sou maratonista, não sou muito veloz. Por isso gosto bastante desse tipo de prova, aclive e declive casa muito bem com o meu estilo", revelou, contando ainda o que deve fazer na disputa desta quinta-feira. 'Corro junto  com o pelotão até o quinto, sexto quilômetro. Depois disso o bloco se espalha, cada um por si mesmo. Treinei para isso, para ir até o final na frente. Estou bem para subir a Brigadeiro", garantiu.

Com largada na altura da rua Frei Caneca e chegada em frente ao prédio da Fundação Cásper Líbero, na Avenida Paulista, a Corrida Internacional de São Silvestre será realizada no dia 31 de dezembro, com o pelotão geral partindo às 9 horas (de Brasília), 20 minutos depois da elite feminina. Os etíopes Dawit Admasu e Ymer Ayalew, atuais campeões, estão confirmados.

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