"Não tenho nenhuma dúvida, incluindo o âmbito das informações", respondeu Macron, ao ser questionado sobre uma possível ameaça russa ao evento esportivo mundial, durante a inauguração do Centro Aquático Olímpico de Saint-Denis, ao norte de Paris.
A declaração foi feita após uma conversa telefônica entre o ministro da Defesa da Rússia, e seu homólogo francês, Sébastien Lecornu, que terminou com versões diferentes sobre o que foi abordado.
Moscou afirmou que ambos se mostraram "dispostos a dialogar" sobre o conflito na Ucrânia, mas Paris negou a versão e destacou que reiterou sua disposição para "maiores interações" com a Rússia na luta contra o terrorismo após o atentado de 22 de março na capital russa.
O chefe de Estado francês criticou assim os "comentários barrocos e ameaçadores" da Rússia após a conversa, ainda mais depois que Moscou insinuou que os serviços secretos franceses poderiam estar envolvidos no atentado.
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— The Olympic Games (@Olympics) March 26, 2024
A França, que desde 2015 sofreu 22 atentados, decretou nível máximo de alerta - "urgência atentado" - após o ataque de 22 de março reivindicado pelo grupo Estado Islâmico (EI) contra uma casa de espetáculos de Moscou, que matou 144 pessoas.
Apesar da ameaça, Macron reiterou que o plano "privilegiado" para a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos, em 26 de julho, é o que está previsto para as margens do rio Sena, embora o governo tenha alternativas "caso as circunstâncias exijam".
Os Jogos Olímpicos e Paralímpicos acontecerão na França no período entre 26 de julho e 8 de setembro. A cidade deve receber pelo menos 10 milhões de turistas.