Os conflitos internos e rivalidades cobraram seu preço da ex-vice-presidente da Federação Francesa de Futebol (FFF), de 51 anos, que há meses está em guerra aberta com seu antecessor Denis Masseglia, e que enfrentava um grande grupo de opositores.
A secretária-geral do órgão, Astrid Guyart, será presidente interina até a eleição de um novo presidente "nos próximos três meses", informa o comunicado do CNOSF.
“A situação era insustentável, ela fez o que tinha de fazer", reagiu um presidente de federação presente no momento do anúncio da sua demissão em uma assembleia geral muito aguardada.
Brigitte Henriques démissionne de la présidence du CNOSF et appelle à l'unité pour réussir les Jeux de Paris 2024.
— FranceOlympique (@FranceOlympique) May 25, 2023
Há mais de um ano e meio, o CNOSF vive uma crise sem precedentes, entre ameaças de denúncias, golpes baixos e revelações de trocas de e-mail na imprensa. Este clima se agravou nos últimos dias com o anúncio de Denis Masseglia de que em breve vai apresentar uma denúncia por abuso de confiança contra Brigitte Henriques.
A demissão, em setembro de 2022, do ex-braço direito de Henriques, Didier Seminet, desencadeou uma profunda crise da qual a instituição ainda não conseguiu sair.
Horas depois da renúncia, o Comitê Olímpico Internacional (COI) convidou o movimento olímpico francês a "focar" nos Jogos de Paris de 2024.
O organismo olímpico "apela à responsabilidade de cada um para que cessem os conflitos internos que afetaram o CNOSF nos últimos meses", disse um porta-voz à AFP, no momento em que a organização francesa vive uma crise há mais de um ano e meio.
O COI, que disse estar acompanhando a saída da Sra. Henriques e lhe "agradece calorosamente" por seu trabalho, convida "todo o movimento esportivo francês" a focar "totalmente" no sucesso dos Jogos de Paris, embora o CNOSF desempenhe um papel menor na sua preparação.