Gazeta Esportiva

Situação política no Brasil preocupa autoridades do COI para 2016

Atrasos em obras e superfaturamento são alguns dos desafios do Brasil a menos de um ano da Olimpíada (Foto: Vanderlei Almeida/AFP)
Atrasos em obras e superfaturamento são alguns dos desafios do Brasil a menos de um ano da Olimpíada (Foto: Vanderlei Almeida/AFP)

O cenário político do Brasil é motivo de preocupação para os organizadores dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro. Em reunião do Comitê Olímpico Internacional (COI), na manhã desta quarta-feira, em Lausanne, na Suíça, autoridades discutiram o impacto que o processo de impeachment sobre a presidente Dilma Rousseff teria sobre o evento.

“Isso inevitavelmente irá afetar os Jogos”, afirmou o vice-presidente do COI, Craig Reedie, à agência Reuters.

Embora a realização da Olimpíada não seja prejudicada, a entidade entende que os preparativos serão afetados pela situação política no país. Os atrasos nas obras e a crise financeira também fogem do planejamento inicial apresentado em 2009, quando o Rio de Janeiro foi escolhido como cidade-sede do evento.

Outro fator que também preocupa os dirigentes do COI é a investigação feita pela Polícia Federal sobre os processos de corrupção no país, que pretende envolver a análise de contratos de construção para a Olimpíada. Algumas construtoras envolvidas em obras para os Jogos, como Odebrecht e Andrade Gutierrez, têm sido investigadas na operação Lava-Jato.

“Não tentamos fugir (dos fatos). O mais importante é que nada afete os atletas e a organização dos Jogos”, defendeu o presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Carlos Arthur Nuzman.

Com atrasos de obras e busca pela redução do orçamento já superfaturado, Nuzman diz que o procedimento é “normal” entre as cidades que já sediaram o evento. “Mas isso é normal. Todas as cidades (olímpicas) passam por isso. A coisa mais importante é entregar grandes Jogos.”

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