A família de Justin Wilson, piloto da Fórmula Indy morto na segunda-feira, comunicou que os órgãos do inglês foram doados para seis pessoas. O irmão de Wilson, o também piloto Stefan Wilson, publicou no Twitter que o procedimento foi realizado nesta terça-feira. “Com o dom da vida, Justin Wilson salvou seis vidas hoje. Ele continua elevando seu nível”, disse.
Wilson foi atingido na cabeça por um pedaço da carenagem do carro do norte-americano Sage Karam na 180ª volta das 200 da etapa de Pocono (EUA), disputada no domingo. O inglês de 37 anos foi levado de helicóptero para um hospital em Allentown, na Pensilvânia, mas não resistiu aos ferimentos. O piloto deixou mulher e dois filhos.
A morte do inglês provocou uma repercussão imediata entre pilotos e admiradores do automobilismo. Nesta terça, a fabricante japonesa Honda emitiu uma nota lamentando a morte de Wilson. Ele dirigia carros da montadora desde 2008. “Justin foi um cara que queria estar conosco e demonstrou isso muitas vezes. Isso nos permite ter a ideia de quem ele era. Nós seremos eternamente gratos por sua lealdade, graciosidade e pela forma como ele representou nossa companhia, dentro e fora das pistas de corrida”, disse Art St. Cyr, presidente de desenvolvimento de performance da Honda.
Há 12 temporadas na Fórmula Indy, Wilson teve uma curta experiência na Fórmula 1. Na principal categoria do automobilismo mundial, o inglês correu pela Minardi e pela Jaguar em 2003, conquistando um ponto quando dirigia pela escuderia britânica. Ele também participou de provas da Fórmula E, Fórmula 3000 (campeão em 2001), das 24 Horas de Le Mans e do campeonato de turismo da Austrália.
O último acidente fatal registrado na Fórmula Indy havia ocorrido na temporada de 2011. Na ocasião, o também inglês Dan Wheldon perdeu a vida no oval de Las Vegas.
