Alonso disputou as 500 Milhas de Indianápolis no ano passado, abdicando de correr o GP de Mônaco da F1, e participará das 24h de Daytona, nos Estados Unidos, no fim deste mês. O espanhol já expressou seu desejo em disputar as 24 h de Le Mans, já que almeja a conquista da tríplice coroa do automobilismo.
"É um erro. São duas coisas totalmente diferentes que absorvem muita energia mental. Acho que se você está disputando a F1, não pode se dar ao luxo de ter distrações - [a F1] é tão especifica que não permite isso", justificou o italiano ao site italiano Automoto.
"Digo isso após ter passado pela temporada e corrido em Le Mans. Eu, no lugar de Fernando, não faria isso. Ou você escolhe fazer Le Mans como se deve e se concentra nisso, trabalhando nas três semanas anteriores com uma concentração de louco, sem se esquecer disso no resto do ano, ou arrisca ir mal. A F1 de hoje é específica de tal forma que não permite espaços”, acrescentou.
Quando questionado sobre o caso de Nico Hulkenberg, que em 2015, venceu em Le Mans enquanto competia regularmente pela Force India na F1, Webber opinou: “Era uma equipe de segundo plano na F1, que não tinha a mesma pressão, além de que ele estava em Le Mans com uma equipe que estava no topo [Porsche]. Isso simplifica muito as coisas. Mas até mesmo ele estava distraído no fim".
Por fim, Webber avaliou que Alonso pode vencer as 24 Horas de Daytona, mas colocou em dúvida o que o espanhol realmente ganha com isso. “Seria incrível se ele vencesse. Ele é um piloto com um talento como quase nenhum outro no mundo. Seria fantástico, mas não vai dar nada a ele”, concluiu.
Webber participou de cinco edições das 24 Horas de Le Mans, mas nenhuma delas coincidiu com seus anos na F1. O australiano atuou na corrida francesa em 1998 e 1999, pela Mercedes, e 2014 e 2016, pela Porsche. Seu melhor resultado foi um segundo lugar, em 2015.
