Ainda, na mesma entrevista, que tomou grandes proporções apenas nas últimas semanas, o brasileiro também utilizou um termo homofóbico ao falar sobre heptacampeão mundial de Fórmula 1, além de insultar os ex-pilotos Keke e Nico Rosberg.
"O Keke? Era uma bosta. Não tinha valor nenhum. É que nem o filho dele (Nico), ganhou um campeonato. O 'neguinho' [Hamilton] devia estar 'dando mais c*' naquela época e estava meio ruim", disse Piquet.
Com a repercussão dos comentários, o brasileiro se desculpou, alegando que o que disse foi "mal pensado". Ainda, acusou que a tradução utilizada em alguns casos não foi correta. Na visão dele a palavra utilizada tem sinônimo de 'cara' ou 'pessoa'.
No entanto, em entrevista ao "Motor Sport Magazine", o ex-piloto voltou atrás e declarou: "Não há nada, nada que eu tenha dito de errado". "Eu realmente não me importo, isso não atrapalha minha vida. Estou aqui com meus amigos, estamos nos divertindo, é isso", completou.
Nelson Piquet raced at last weekend's Le Mans Classic, where he described the storm over his Lewis Hamilton comments as "bullshit", said he "didn't care" and claimed critics used him to discredit Brazil's presidenthttps://t.co/HRatCmIkw2
— Motor Sport magazine (@Motor_Sport) July 5, 2022
Além disso, os autores da ação solicitam também que Nelson Piquet seja condenado a publicar nota com pedido público de desculpas, "reconhecendo o erro de fazer alusão racista a qualquer pessoa" e "retratando-se das afirmações racistas e homofóbicas".
O caso
O termo de cunho racista foi utilizado durante a fala de Piquet, em novembro do ano passado, na qual o ex-piloto comentava sobre a batida entre Hamilton e Verstappen no Grande Prêmio de Silverstone, em 2021, e o acidente entre Ayrton Senna e Alain Prost, durante o GP do Japão de 1990.
"O 'neguinho' meteu o carro e não deixou [desviar]. O Senna não fez isso. O Senna saiu reto. O 'neguinho deixou o carro', e é uma curva muito de alta, não tem como passar dois carros. Ele [Hamilton] fez de sacanagem", disse Piquet.
A Fórmula 1, a Federação Internacional do Automóvel (FIA) e a Mercedes repudiaram em nota o termo utilizado pelo ex-piloto. Por fim, Hamilton também manifestou-se sobre o caso, inclusive em português. "Vamos focar em mudar a mentalidade, publicou em seu Twitter. "É mais do que linguagem. Essas mentalidades arcaicas precisam mudar e não têm lugar no nosso esporte. Eu fui cercado por essas atitudes e alvo na minha vida toda. Houve muito tempo para aprender. Chegou a hora da ação", completou.