A Force India está preocupada com a demora do processo de definição das novas regras técnicas para a temporada 2017 da Fórmula 1. O temor é de que o tempo para as equipes se adaptarem às mudanças seja curto, dificultando ainda mais a transição tão aguardada por pilotos, torcedores e pelas próprias escuderias.
Após uma reunião do Grupo de Estratégia em maio, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) anunciou uma série de medidas com o objetivo de tornar a categoria mais emocionante e interessante para todos os envolvidos a partir de 2017.
Uma nova reunião está marcada para o dia 18 de agosto, quando as equipes deverão entrar em acordo do que deve ser alterado para daqui dois anos. O plano é deixar os carros mais rápidos de cinco a seis segundos por volta. Para tanto, os pneus traseiros deverão ser maiores e os dianteiros mais largos, assim como as asas traseiras, e os motores mais potentes. Alguns defendem a volta das unidades de energia V8 – atualmente os bólidos andam com o V6. As novas regras devem ser aprovadas pela FIA até março de 2016, para além desta data elas não poderão ser alteradas.
“Para mim, a grande preocupação é que as regras ainda não estão definidas e quanto mais tempo você perde com isso, pior fica a situação. Nós não somos uma equipe grande, por isso não temos recursos, como outras equipes, para fazermos duas coisas ao mesmo tempo”, disse Otmar Szafnauer, diretor-operacional da Force India, ao site britânico Autosport.
“Desenvolvemos em série, não em paralelo, então temos que ter em mente o regulamento, principalmente se ele proporcionar uma grande mudança, como tudo indica que será”, acrescentou o engenheiro, que teve o discurso reforçado pelo diretor-técnico do time de Silverstone, Andrew Green.
“Nós passamos meses detalhando os itens de cada linha do regulamento para garantir que não tenhamos lacunas. Então, é pegar todo o conjunto de regras e acho que podemos reescrevê-las no período de tempo que temos. Sem isso, será um enorme desafio e realmente não sei como iríamos fazer tudo isso até março”, analisou Green.
