O russo Daniil Kvyat surgiu como uma grande promessa da Fórmula 1 após subir da Toro Rosso para a Red Bull com apenas uma temporada na categoria e superar Daniel Ricciardo em 2015, australiano que havia sido o terceiro na classificação geral um ano antes. Em uma polêmica decisão após o GP da Rússia, em maio, porém, foi "rebaixado" novamente para a Toro Rosso, mudança que causou, segundo o próprio, um ano bastante complicado.
"Com certeza não foi como eu esperava. Foi uma temporada difícil, com muitos altos e baixos, certamente mais baixos. Mas, ainda assim, tenho mais uma chance ano que vem, ao menos é que me disseram (risos). Vou me preparar bem para dar o meu máximo ano que vem e apagar isso que ficou. Pensando na temporada, certamente não foi o resultado que eu esperava. Agora é virar a página", comentou, em entrevista à Gazeta Esportiva.
Paciente e bem calmo ao tratar dos temas relacionados à sua carreira, o jovem de 22 anos deixou claro que não tem expectativas muito grandes quanto ao GP do Brasil, que será disputado no domingo, em Interlagos, principalmente por causa dos resultados ruins apresentados por ele. Atualmente na 14ª colocação, ele só pontuou três vezes desde o retorno para a equipe.
"Na verdade, não (tenho muitas esperanças no GP do Brasil). Essa temporada foi muito longa, em breve acaba, é bom porque teremos tempo para descansar e nos preparar bem para o ano que vem. Espero que o carro seja mais competitivo também e nos ajude", afirmou, dando a entender que não concordou muito com a sua saída da Red Bull.
Fazendo questão de lembrar que derrotou Ricciardo quando este defendia uma terceira colocação no Mundial de Pilotos em 2015, o russo avaliou diversas influências existentes no mundo da Fórmula 1 para explicar o retorno à Toro Rosso.
"Não sei (o que aconteceu). Não dá para entender as decisões das pessoas em certas ocasiões. Isso é um esporte, certamente, mas é um esporte onde, muitas vezes, outras pessoas fora dele são as que tomam as decisões. Às vezes elas vão contra o que a gente pensa, mas acontece", explicou, assegurando estar motivado para um bom desempenho em 2017.
"Bom, não são muitos pilotos que vão para a Red Bull, mas, pensando hoje, acho que eu estive na hora errada na Red Bull. É uma pena, porque é uma grande equipe, mas agora tenho uma segunda chance na Toro Rosso. Tem muitas variações nas coisas durante a temporada, mas eu tenho a certeza que estarei aqui ano que vem e quero fazer o meu melhor", observou, contente por manter a parceria com Carlos Sainz.
"Quanto ao Carlos, somos os dois jovens, estamos um puxando o outro para cima e aprendendo. E vamos continuar assim no ano que vem", encerrou.
