Guga detalha preparação para Roland Garros e exalta importância de Kafelnikov nos títulos - Gazeta Esportiva
Guga detalha preparação para Roland Garros e exalta importância de Kafelnikov nos títulos

Guga detalha preparação para Roland Garros e exalta importância de Kafelnikov nos títulos

Gazeta Esportiva

Por Redação

11/06/2020 às 08:00

São Paulo, SP

Após conquistar o título de Roland Garros pela primeira vez em 1997, Gustavo Kuerten não conseguiu repetir o feito nos dois anos seguintes. Em 1998, acabou sendo eliminado na segunda rodada e, em 1999, deixou a competição nas quartas de final ao ser derrotado pelo ucraniano Andrei Medvedev pro 3 sets a 0.

Diante da situação e pensando em na reconquista do Aberto da França, Guga modificou sua preparação para chegar ao torneio. O ex-tenista explicou que a ida direto para o local da competição depois do ATP de Hamburgo fez com que ele conseguisse dar a volta por cima.

"Como a temporada é muito longa na Europa e do ATP de Hamburgo até Roland Garros tinha uma semana de distância, a gente ficava numa encruzilhada, porque não sabíamos se voltávamos para o Brasil ou não. O que a gente acabou encaixando foi ir direto para a França, repousar e regenerar um pouco e fazer um trabalho de hidroterapia e de recuperação muscular. Depois, íamos para Paris por volta de quarta-feira para iniciar os treinamentos para Roland Garros", declarou Guga.

O bicampeonato de Guga de Roland Garros completa 20 anos nesta quinta (Foto: AFP)


"Essa baixa de intensidade e lapidação na parte física para depois voltar gradualmente até a estreia de Roland Garros começou a fazer efeito. Em 1999, já funcionou super bem. Em 2000 e 2001 eu já fui embalado, jogando 30 partidas em 45 dias. É um número absurdo, mas mesmo assim conseguimos jogar com condições até o título", acrescentou.

O ex-tenista ainda falou da importância de Evgeni Kafelnikov para seus títulos de Roland Garros, em 1997, 2000 e 2001. O russo foi o principal rival da carreira de Guga e o enfrentou nas três vezes em que o brasileiro foi campeão do Aberto da França. Para o tricampeão, derrotar Kafelnikov era primordial para ganhar convicção no torneio e seguir rumo à conquista.

"O Kafelnikov também é responsável pelos meus três títulos. Ele sempre foi a credencial que eu precisava para ter convicção. Na hora em que enfrentei ele em 1997, percebi que era o melhor que tinha na época. Só que ali, tirando coelho da cartola, em algum momento não foi suficiente e ele não venceu a partida. A gente no final deu uma enrolada e conseguimos vencê-lo. Nos anos seguintes, não mudou muita coisa. Eu já estava conseguindo jogar com ele até em estratégias e estilo, mas meu jogo ultrapassava", afirmou Guga.

"Para mim, nas lembranças dos títulos que ficam, em todos eles o Kafelnikov é o principal responsável. Em 2001, o Ferrero era o favorito, mas foi mais difícil ganhar do Kafelnikov. Quando eu passo por ele, o nível aumenta. Então o nivelamento vinha por ele, por casualidade sempre nas quartas de final. Acabou virando o símbolo de que para ganhar Roland Garros, o Kafelnikov estava no caminho. E passando por ele, nós íamos ganhar Roland Garros", completou.

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