Com bi de Roland Garros, Guga revela ter tido certeza de que seria número um do mundo - Gazeta Esportiva
Com bi de Roland Garros, Guga revela ter tido certeza de que seria número um do mundo

Com bi de Roland Garros, Guga revela ter tido certeza de que seria número um do mundo

Gazeta Esportiva

Por Redação

08/06/2020 às 19:26 • Atualizado: 08/06/2020 às 19:30

São Paulo, SP

Nesta quinta-feira, completarão exatos 20 anos da conquista do ex-tenista Gustavo Kuerten do Roland Garros de 2000. Esse foi o segundo título obtido pelo brasileiro do Grand Slam da França, que foi campeão também nos anos de 1997 e 2001.

Diante da data especial, Guga relembrou o feito em entrevista nesta segunda. O atleta declarou que o triunfo fez com que ele tivesse certeza que assumiria a liderança do ranking mundial de tênis e percebesse a importância de vencer um torneio dessa relevância.

Guga foi campeão de Roland Garros em 1997, 2000 em 2001 (Foto: AFP)


"Ficou claro que ali, a gente teve uma resposta segura de que o número um iria acontecer. Aquele segundo Roland Garros foi o mais difícil dos três. É claro que o primeiro foi uma façanha maior do que os outros dois, mas conhecer a competição e voltar para lá no ano 2000, já batendo na trave em 99, que eu era favoritíssimo, me fez sentir na pele o tamanho do torneio. Tive de conhecer os temperos e as experiências necessárias para ganhar jogos meio que tirando um coelho da cartola, jogando mais ou menos, fazendo pegar no tranco", afirmou.

"De alguma maneira, o repertório do meu jogo me dava condições para enfrentar as encruzilhadas e passar pela partida mais complicada de todas, que foi contra o Kafelnikov nas quartas. Eu cheguei jogando muito tênis naquele ano, no melhor nível da minha carreira até então, só que os obstáculos são sempre surpreendentes. Ali ficou claro a dificuldade que é ganhar um Grand Slam", completou Guga.

Com a conquista, o brasileiro ganhou confiança para bater os grandes nomes do tênis (Foto: Fernando Dantas/Gazeta Press)


O ex-tenista ainda reforçou que o título elevou seu padrão de jogo, passando a ter mais confiança de que poderia ganhar mais torneios e ultrapassar os principais nomes do tênis mundial na época.

"Em cima disso, alcançamos um novo nível em todos os aspectos. De estar entre os melhores, de poder desafiar o Agassi e o Sampras, que eram os últimos pela frente. Me senti convicto nessa intenção de ultrapassá-los e que eu poderia me considerar um jogador preparado e naturalmente com chances reais de ganhar Roland Garros, ou até mais do que isso. Eu estava pronto para vencer em qualquer ano que aparecesse", ressaltou.

Dessa forma, o ex-jogador concluiu que a conquista apenas revelou sua mudança de mentalidade e a evolução natural de sua forma de praticar tênis. "Em 2000, minha carreira muda da água para o vinho, entre estar satisfeito por ficar entre os melhores, veio o extra de ser número um do mundo. E Roland Garros trouxe o carimbo de que era apenas uma questão de tempo", finalizou Guga.

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