Com bi de Roland Garros, Guga revela ter tido certeza de que seria número um do mundo
Por Redação
08/06/2020 às 19:26 • Atualizado: 08/06/2020 às 19:30
São Paulo, SP
Diante da data especial, Guga relembrou o feito em entrevista nesta segunda. O atleta declarou que o triunfo fez com que ele tivesse certeza que assumiria a liderança do ranking mundial de tênis e percebesse a importância de vencer um torneio dessa relevância.
"Ficou claro que ali, a gente teve uma resposta segura de que o número um iria acontecer. Aquele segundo Roland Garros foi o mais difícil dos três. É claro que o primeiro foi uma façanha maior do que os outros dois, mas conhecer a competição e voltar para lá no ano 2000, já batendo na trave em 99, que eu era favoritíssimo, me fez sentir na pele o tamanho do torneio. Tive de conhecer os temperos e as experiências necessárias para ganhar jogos meio que tirando um coelho da cartola, jogando mais ou menos, fazendo pegar no tranco", afirmou.
"De alguma maneira, o repertório do meu jogo me dava condições para enfrentar as encruzilhadas e passar pela partida mais complicada de todas, que foi contra o Kafelnikov nas quartas. Eu cheguei jogando muito tênis naquele ano, no melhor nível da minha carreira até então, só que os obstáculos são sempre surpreendentes. Ali ficou claro a dificuldade que é ganhar um Grand Slam", completou Guga.
O ex-tenista ainda reforçou que o título elevou seu padrão de jogo, passando a ter mais confiança de que poderia ganhar mais torneios e ultrapassar os principais nomes do tênis mundial na época.
"Em cima disso, alcançamos um novo nível em todos os aspectos. De estar entre os melhores, de poder desafiar o Agassi e o Sampras, que eram os últimos pela frente. Me senti convicto nessa intenção de ultrapassá-los e que eu poderia me considerar um jogador preparado e naturalmente com chances reais de ganhar Roland Garros, ou até mais do que isso. Eu estava pronto para vencer em qualquer ano que aparecesse", ressaltou.
Dessa forma, o ex-jogador concluiu que a conquista apenas revelou sua mudança de mentalidade e a evolução natural de sua forma de praticar tênis. "Em 2000, minha carreira muda da água para o vinho, entre estar satisfeito por ficar entre os melhores, veio o extra de ser número um do mundo. E Roland Garros trouxe o carimbo de que era apenas uma questão de tempo", finalizou Guga.