Wlamir Marques é eternizado no Hall da Fama do COB - Gazeta Esportiva
Wlamir Marques é eternizado no Hall da Fama do COB

Wlamir Marques é eternizado no Hall da Fama do COB

Gazeta Esportiva

Por Redação

17/07/2021 às 16:07

São Paulo, SP

Wlamir Marques, um dos líderes da geração mais vitoriosa do basquete brasileiro, eternizou suas mãos no Hall da Fama do Comitê Olímpico do Brasil nesta sexta-feira.

Também conhecido por “Diabo Loiro”, o ala representou a Seleção Brasileira por duas décadas, conquistou duas medalhas olímpicas e agora eterniza suas mãos em cerimônia realizada no mesmo dia em que completa 84 anos.

Wlamir comemorou sua entrada para o Hall da Fama ao receber a homenagem do também campeão olímpico e diretor-geral do COB, Rogério Sampaio.

“Eu me sinto muito honrado com essa homenagem em vida, sinto muito feliz por ter sido eleito por unanimidade e pode ter certeza de que se meu coração já não é muito bom, ele está balançado cada vez mais com o Brasil sempre presente. Muitas histórias já estão em livro. Não vejo que eu tenho futuro. Eu tenho o hoje, e hoje é um grande dia. Quero que essa homenagem seja transferida a todos aqueles atletas que estiveram ao meu lado ou contra mim. E aqueles que jogaram contra mim, eu tenho toda a honra de cumprimentá-los, porque eles me fizeram cada vez melhor”, disse Wlamir.

Rogério Sampaio ressaltou o quanto Wlamir inspirou a carreira esportiva de outras pessoas: “São poucos atletas que, além de terem uma carreira vitoriosa, conseguem também com sua história inspirar outras pessoas a seguir no caminho do esporte, utilizando-o como ferramenta para divulgar os valores olímpicos de amizade, excelência, respeito. E ele conseguiu isso. Foi escolhido como um dos 10 maiores atletas da história do basquete brasileiro”.

Trajetória vencedora

O ala Wlamir Marques representou a seleção por duas décadas e conquistou duas medalhas olímpicas: bronzes em 1960 e 1964, ano em que foi porta-bandeira da delegação brasileira tanto na cerimônia de abertura quanto na de encerramento.

Foto: Divulgação


Com 10 anos, Wlamir já jogava pelo Tumiaru, time de sua cidade natal, São Vicente (SP). Em 1953, passou a jogar pelo XV de Piracicaba, até que, aos 25 anos foi contratado pelo Corinthians.

As maiores glórias da carreira vieram ao lado de Amaury Passos, Algodão, Rosa Branca e Ubiratan, a geração mais vitoriosa do basquete brasileiro. Eles conquistaram duas medalhas olímpicas, títulos nos Mundiais de Santiago em 1959, no Rio em 1963, e os vices no Rio em 1954 e em Ljubljana em 1970.

Wlamir ainda faturou a medalha de prata nos Jogos Pan-americanos de São Paulo em 1963 e as de bronze nos Pan-americanos do México em 1955 e em Buenos Aires em 1959.

Foto: Divulgação/CBB


Depois da aposentadoria, seguiu como técnico em Limeira. Foi três vezes campeão paulista feminino e uma vez masculino. Também foi eleito o 9º maior atleta brasileiro de todos os tempos em 2010 pela Revista ESPN, premiado com a Cruz do Mérito Esportivo em 1953, e ganhou o Troféu Heims de Melhor da América do Sul em 1961.

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