“Só se reconhece o bom quando se passa pelo ruim. Vocês não têm ideia quanto fiquei feliz por voltar aos treinamentos, ainda com todas as prevenções e restrições”, comemorou o atleta. “Retornar aos treinos foi um sonho. Não só para mim, mas para outros atletas. Quando entrei e tive a oportunidade de saltar, foi uma alegria enorme”, completou.
Braz chegou a receber um convite do Comitê Olímpico do Brasil (COB) e da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) para voltar ao Brasil durante a quarentena, mas optou por permanecer na Europa. “Após a minha última competição indoor, em 7 de fevereiro, na França, decidi retomar os treinos em Formia. Apesar do fechamento do centro de treinamento, preferi não correr riscos com mais viagens e aproveitar a companhia do Vitaly nos treinos no quintal”, afirmou, se referindo ao treinador Vitaly Petrov, que o orienta na Itália.
A World Athletics, antiga Associação Internacional de Federações de Atletismo (IAAF), já divulgou o calendário de competições entre junho e outubro. Thiago, no entanto, prefere concentrar-se nos treinos. “Precisamos correr atrás do tempo perdido, com improvisações. Tudo ainda é muito incerto, devido à pandemia, então fica difícil falar sobre o retorno. Se tiver a oportunidade, quero fazer bons resultados ainda em 2020. Meus treinadores estão analisando tudo”, ressaltou.
Apesar do adiamento dos Jogos de Tóquio, o atleta não se deixou abalar. “Temos de tirar algo positivo de todos os momentos difíceis. Agora, todos vão poder se preparar melhor para a Olimpíada. Acredito que no ano que vem os Jogos serão um grande espetáculo. Do jeito que estava, ninguém conseguiria fazer uma preparação em alto nível, como se exige. Foi a melhor decisão a ser tomada”, disse.
Thiago Braz é o recordista brasileiro, sul-americano e olímpico com a marca de 6,03m obtida na Olimpíada do Rio 2016. Ele terminou a temporada do ano passado na quinta colocação no ranking da World Athletics, com marca de 5,92m.
