Valdivia admite ter tido problema com álcool, mas rejeita fama de cachaceiro - Gazeta Esportiva
Valdivia admite ter tido problema com álcool, mas rejeita fama de cachaceiro

Valdivia admite ter tido problema com álcool, mas rejeita fama de cachaceiro

Gazeta Esportiva

Por Redação

04/08/2015 às 23:00

São Paulo, SP

No melancólico fim de sua segunda passagem pelo Palmeiras, Valdivia tem falado abertamente a respeito da situação contratual que levou à sua saída, além de voltar a comentar as críticas que recebe por sua condição física. Na noite desta terça-feira, o chileno não escondeu que teve problemas com bebidas alcóolicas, que chegaram a aparecer em exames realizados pelo departamento médico alviverde entre 2010 e 2011, mas pediu reconhecimento por sua recuperação na carreira.

“Depois de fazer a biópsia, o fisioterapeuta me falou que eu tinha um problema com bebida, tinha de parar de beber, e apareceu no exame. Eu gostava, como a maioria gosta, mas às vezes acabava ultrapassando o limite. Eu entendi muito bem a mensagem e, tempo depois, fiz um novo exame. Todo mundo ficou surpreso, porque não tinha mais manchas pretas de bebida. Mas até hoje me chamam de cachaceiro”, disse o meia, em entrevista à ESPN Brasil.

Visto em entrevistas com a camisa do Palmeiras mesmo após acertar sua ida para o Al Wahda, dos Emirados Árabes, Valdivia diz que é torcedor do clube, alviverde apaixonado desde 2006, quando desembarcou pela primeira vez em São Paulo para vestir a camisa da equipe. Mas o chileno admite que, no início de sua segunda passagem pelo Palestra, de volta do Al Ain, também dos Emirados, cometeu erros que depois vieram a prejudicá-lo dentro de campo e complicar sua situação no time.

“Quando eu cheguei, por dois anos e meio eu fiz muita besteira, muita coisa que não condiz com o que você tem de mostrar como atleta. Acredito que tudo que fiz de errado no passado possa ter atrapalhado quando tentei mudar, mas muita gente não sabe que treinador pediu para eu jogar mesmo sem condições. Como o Felipão, que em momentos que não era para eu atuar, ele pedia para os médicos do clube para que eu entrasse em campo pelo menos por cinco ou dez minutos”, declarou, antes de defender-se a respeito de sua conduta e dedicação nos treinamentos.

“Hoje sempre pago pelo que fiz no passado, e acredito que seja parte do que o futebol representa. Às vezes você não consegue diferenciar quando um jogador realmente mudou, e está falando a verdade, e prefere não acreditar. Um exemplo muito claro: quando fui sequestrado, teve gente que falou que eu estava inventando isso para sair do Palmeiras. Tinha imagens, a polícia foi acionada, mas não acreditavam. É isso que incomoda”, protestou, citando episódio traumático de 2012, quando ele e sua esposa foram vítimas de sequestro relâmpago em São Paulo.

Após alternar momentos de amor e ódio com a torcida ao longo de aproximadamente oito anos com a camisa do Palmeiras, Valdivia retoma o caminho do Mundo Árabe após o dia 17 de agosto, quando termina seu contrato com o Alviverde e o meia, que tem treinado em separado, estará livre para dar sequência à carreira.

Contestado à época por aparecer em baladas, Valdivia admitiu ter "passado do limite" com bebida (Foto: Djalma Vassão/Gazeta Press)
Contestado à época por aparecer em baladas, Valdivia admitiu ter "passado do limite" com bebida (Foto: Djalma Vassão/Gazeta Press)

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