Simulando "nível africano", Brasil sub-17 encerra duelos com times sub-20 - Gazeta Esportiva
Simulando "nível africano", Brasil sub-17 encerra duelos com times sub-20

Simulando "nível africano", Brasil sub-17 encerra duelos com times sub-20

Gazeta Esportiva

Por Thiago Tassi*

22/09/2017 às 09:00

São Paulo, SP

A Seleção Brasileira sub-17 venceu o Corinthians sub-20, nesta quinta-feira, no CT Joaquim Grava, e encerrou a preparação para o Mundial da categoria, que acontece entre os dias 6 e 28 de outubro, na Índia. Assim como foi na última segunda, quando perdeu para o Internacional sub-20 por 1 a 0, o técnico Carlos Amadeu quis enfrentar equipes mais velhas para tentar reproduzir o que terá pela frente na Copa.

“Foi bem proveitoso [o período de preparação]. Aproveitamos bastante para reativar a questão do nosso entrosamento, que já vem neste trabalho ao longo de dois anos, dois anos e meio. Fizemos dois jogos amistosos contra equipes pesadas, de bom nível, sub-20, para tentar reproduzir um pouco do que a gente vai enfrentar lá no Mundial”, disse.

Brasil sub-17 viaja para a Índia já neste domingo (Foto: Olavo Guerra/Corinthians)


Logo em seguida, o treinador esmiuçou o que está por vir na competição mundial: “A gente sabe que, nesta categoria, as seleções favoritas são as africanas, justamente pelo nível de força nesta faixa de idade, que faz uma diferença muito grande. Para se ter uma ideia, a África tem sete títulos mundiais, enquanto a América do Sul e Europa juntos só têm seis títulos. Quando você vai para o sub-20 já muda, e quando vai para o profissional muda mais ainda este panorama. Temos algumas dificuldades em relação à idade, à categoria, o que é normal, peculiar, e por isso mesmo a gente vem enfrentando equipes sub-20”, acrescentou.

De fato, os africanos predominam no torneio: nas duas últimas edições, 2013 e 2015, a Nigéria foi bicampeã – ao todo, o país tem cinco títulos. O Brasil, por vez, vem de seis edições em branco. A última conquista ocorreu em 2003, na Finlândia, quando bateu a Espanha por 1 a 0.

A atual geração, a 2000, é bastante promissora na visão interna da CBF (Confederação Brasileira de Futebol). Alguns nomes, inclusive, já defendem suas equipes principais: casos como Vinícius Júnior, do Flamengo, Paulinho, do Vasco, e Brenner, do São Paulo. Carlos Amadeu, no entanto, prefere não fazer comparações com as gerações de 91 e 92, de Neymar e companhia, que predominam no time de Tite, e não vê obrigação pelo título

“Não vou comparar uma geração com outra, mas vou comparar o fato. A situação que aconteceu na sub-17, que não foi campeã, caiu, e é a que tem mais jogadores hoje a serviço da seleção principal. Isto é fruto de um trabalho que foi muito bem feito à época. Se o título vier, vamos ficar muitos satisfeitos. Mas o título não vai determinar o número de jogadores que vão chegar a equipe principal”, concluiu.

*Especial para a Gazeta Esportiva

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