Freguês do Santos de Dorival Júnior, São Paulo busca quebrar escrita - Gazeta Esportiva
Freguês do Santos de Dorival Júnior, São Paulo busca quebrar escrita

Freguês do Santos de Dorival Júnior, São Paulo busca quebrar escrita

Gazeta Esportiva

Por Leandro Costa Criscuolo

20/10/2015 às 11:23 • Atualizado: 20/10/2015 às 12:52

São Paulo, SP




Que o clássico San-São desta quarta-feira irá esquentar a disputa da semifinal da Copa do Brasil, todos já sabem. O confronto, que naturalmente já seria decisivo, ganha ainda mais tempero quando opõe grandes rivais. Além de toda a carga emocional que as condições já conhecidas trazem, há outra particularidade que deverá motivar o Tricolor em busca do almejado triunfo: derrubar uma incômoda invencibilidade que Dorival Júnior ostenta como técnico do Santos contra a equipe do Morumbi.

No comando do Peixe, Dorival tem cinco jogos no currículo enfrentando o São Paulo, somando sua passagem pela Vila Belmiro em 2010 e a atual. Além de poder se orgulhar da façanha de nunca ter perdido o tradicional clássico, o comandante tem impressionantes 100% de aproveitamento em seu histórico contra o time da capital.

Robinho marcou de letra em seu retorno ao Peixe (Foto: Fernando Pilatos/Gazeta Press)
Robinho marcou de letra em seu retorno ao Peixe (Foto: Fernando Pilatos/Gazeta Press)


A empolgante equipe santista de 2010 que contava com Neymar, Robinho, André e Paulo Henrique Ganso na linha de frente foi responsável por ajudar a construir a marca. A primeira partida daquele ano ocorreu no dia 7 de fevereiro, na Arena Barueri, ainda pela primeira fase do Campeonato Paulista, e terminou com vitória do alvinegro praiano por 2 a 1.

O jogo teve como destaque a reestreia de Robinho pelo Santos, que não decepcionou em seu retorno. Primeiro, foi Neymar quem abriu o placar, cobrando pênalti com paradinha que revoltou Rogério Ceni. O São Paulo empataria com o atacante Roger, mas para deixar os anfitriões novamente na frente, em grande estilo, o Rei das Pedaladas anotou um lindo gol de letra e selou a vitória santista.

O clássico voltaria a ocorrer na mesma competição, já na fase semifinal, e o São Paulo não teria chances contra um Peixe avassalador, que mais tarde se sagraria o campeão paulista no ano. No primeiro jogo, no dia 11 de abril, no Morumbi, revés tricolor em um movimentado 3 a 2, com gols de Júnior Cesar contra, Durval e André para os visitantes, e Hernanes e Dagoberto para os donos da casa. Só um aperitivo do que estava reservado para o jogo da volta.

Na Vila Belmiro, no dia 18 de abril, mais uma esplêndida exibição santista, algo que era comum naquela temporada. Sem tomar conhecimento do tricampeão mundial, os meninos da Vila aplicaram um sonoro 3 a 0 e despacharam o rival para fora do torneio com autoridade. Dois gols de Neymar, um de Ganso e atuação irretocável. Dorival Júnior se consolidava como grande carrasco do Tricolor.

Peixinho de Neymar abriu goleada santista nas semis do Paulista de 2010 (Foto: Djalma Vassão/Gazeta Press)
Peixinho de Neymar abriu goleada santista nas semis do Paulista de 2010 (Foto: Djalma Vassão/Gazeta Press)


 

A última vez que o atual técnico do Santos enfrentaria o São Paulo naquele ano seria em confronto válido pelo primeiro turno do Campeonato Brasileiro. O jogo ocorreu na Vila, em 25 de julho, e o gol contra do zagueiro Renato Silva garantiu que o tabu permanecesse. O Tricolor finalmente venceria um San-São em 2010 no dia 17 de outubro, quando o técnico santista já era Marcelo Martelotte.

Voltando para 2015, Dorival assume o Santos depois de cinco anos, em um cenário muito diferente da que vivia o time estrelado de sua primeira passagem. O Peixe convivia com ameaça do rebaixamento, e o comandante tinha a missão de substituir Marcelo Fernandes e fazer a equipe render o que seu antecessor não conseguiu. Apesar da desconfiança pelos seus trabalhos mais recentes, o técnico foi capaz de melhorar o desempenho do alvinegro e renascer o time na disputa do Campeonato Brasileiro, e o clássico contra o Tricolor é emblemático na campanha.

No dia 9 de setembro, na Vila Belmiro, o Santos tinha a missão de enfrentar o São Paulo sem o seu principal jogador, o meia Lucas Lima, que estava na Seleção Brasileira. A partida serviria como uma provação, para medir o quão longe poderiam ir os objetivos na temporada, além de testar o rendimento do time com um desfalque importante. No entanto, o convincente 3 a 0 não deixou dúvidas, e é considerado o triunfo que colocou de vez a equipe do litoral na briga pela Libertadores. Os gols de David Braz, Ricardo Oliveira e Rafael Longuine ajudaram Dorival a manter seu retrospecto perfeito no San-São.

Uma das cartadas são-paulinas para quebrar a escrita desfavorável é a aposta em outro Dorival Júnior: Doriva, que tem o mesmo nome de seu oponente desta quarta, comanda o Tricolor e tem como grande feito da carreira de treinador ter vencido o Campeonato Paulista de 2014 com o Ituano, batendo o Peixe na final, e tentará repetir o feito para ajudar o clube do Morumbi a amenizar sua amarga freguesia contra o técnico santista.

(Foto: Sergio Barzaghi/Gazeta Press)
No reencontro de Dorival Jr. com o San-São em 2015, vitória convincente, como de costume (Foto: Sergio Barzaghi/Gazeta Press)

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