Candidatando-se ao cargo com “entusiasmo e convicção, mas com a humildade de alguém que sabe que não pode ter sucesso sozinho”, Platini admite que o processo para decidir sua candidatura foi complicado. “Esta é uma decisão pessoal e cuidadosamente pensada, na qual ponderei o meu futuro ao lado do futuro do futebol. Também fui guiado pela estima, pelo apoio e suporte que vocês tem me demonstrado. Há momentos na vida que você tem que tomar o destino nas próprias mãos”, escreveu.
Citando os recentes escândalos de corrupção, deflagrados desde o fim de maio, que rondam a entidade e perturbam sua legitimidade, o francês defende que uma reforma se faz necessária frente à perpetuação de poder ao longo dos últimos anos. Joseph Blatter, por exemplo, chegou a ser reeleito pela quinta vez antes de abrir mão de exercer o mandato e convocar novas eleições.
“Durante este meio século a Fifa só teve dois presidentes. Esta estabilidade extrema é algo paradoxo em um mundo que passou por reviravoltas radicais e em um esporte que sofreu considerável mudança em questões econômicas. Os acontecimentos recentes forçam o órgão supremo do futebol a virar a folha e repensar seu governo”, defendeu Platini.
A oficialização da candidatura do presidente da Uefa ocorreu um dia após Diego Maradona, por meio de um vídeo, confirmar seu interesse em pleitear o mais alto cargo do futebol mundial. O também ex-jogador Zico, que atualmente está comandado o indiano FC Goa, já tinha manifestado, após os acontecimentos recentes, sua vontade de concorrer ao cargo.
Serão admitidas candidaturas até 26 de outubro de 2015, quatro meses antes da eleição. E Platini começa agora sua corrida para angariar votos. “Conto com seu apoio e com o amor comum pelo futebol para que, juntos, possamos dar as dezenas de fãs de futebol a Fifa que eles querem: uma Fifa que é exemplar, unida e solidária, uma Fifa que é respeitada e gostada por outras pessoas”, disse em nota oficial.